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Entrevistas

O stand up de Eduardo Dussek

Eduardo Dussek (Foto: Divulgação)

Na última quarta-feira, durante  apresentação no Festival de Inverno de Petrópolis do Sesc Rio, no Palácio Quitandinha, Eduardo Dussek agitou a noite com um show pra lá de animado. O evento, batizado como “Dussek na Sua”, mostrou o domínio de platéia do artista, que entre piadas e muita música, contagiou o público.

No palco, Eduardo estava com o piano e o microfone. Estes seriam suas ferramentas para animar o público, que estava ansioso por seu espetáculo. “Sempre acompanhei a carreira de  Dussek. As marchinhas de carnaval são ótimas e ele é muito divertido. Estou na espectativa de mais uma vez poder vê-lo”, conta Angela de Sá Klôh.

Entre os maiores sucessos de Dussek estão   Rock da Cachorra, Barrados no Baile, Cabelos Negros, Brega-Chique, Que Rei Sou Eu?, Alô Alô Brasil  e Tamanho não é Documento.

As canções que  embalaram a noite foram Cabelos Negros, Doméstica, Seu Tipo, Nostradamus, entre outras, porém,  o destaque do espetáculo  foi o Rock da Cachorra, que  movimentou o público petropolitano, que inspirados,  cantavam e uivavam com o  cantor. “Uauuu, Uauuu, Uauuu… Ahhh… Uauuu, Uauuu, Uauuu… Uhhh… Troque seu cachorro por uma criança pobre… Sem parente, sem carinho, sem ramo, sem cobre (Baptuba, uap baptuba). Deixe na história de sua vida uma notícia nobre, troque seu cachorro (uauuu), troque seu cachorro por uma criança pobre”. Com essa melodia, o público se divertia e dava boas gargalhadas.

Eduardo diz ser uma pessoa muito otimista. ” Tenho ‘Paul Rabbit’ ao lado da minha cama, na cabiceira” brinca. Ele conta estórias que fazem com que o público entre em sintonia com seu show. Foi uma apresentação leve, que oferece momentos de diversão e reflexão sobre alguns temas explorados pelo artista, como a desigualde social e racial, citadas na música Doméstica.

Dussek brinca dizendo “O evento tem um cunho social e de sustentabilidade. Apesar de ninguém saber o que significam, são palavras bonitas que não poderiam faltar nessa noite”.

Durante o evento Dussek faz uma mistura entre os idiomas Português e Inglês, aumentando ainda mais  a participação da platéia. O artista brinca com os espectadores, que se sentem lisongeados com a atenção dele. ” Brincar com o público é muito legal. Me senti muito próxima do artista, do show. Vi e fui vista! Foi uma noite muito agradável”, afirma Fátima Vieira.

No término do evento, a platéia gritava por bis e pedia para que Dussek voltasse a Petrópolis mais vezes. “O show foi ótimo. As três horas passaram tão rápido que eu nem senti”, brinca Antônio Luis Fontes.

Trajetória de Dussek

Eduardo Dussek começou a carreira artística como pianista de peças de teatro aos quinze anos, quando estudava na Escola Nacional de Música. Mais tarde, passou a compor suas próprias canções e montou uma banda, que acabou apadrinhada por Gilberto Gil.

Em meados de  1978 já havia feito algumas composições, que buscavam aliar sátira e bom humor, gravadas por nomes de peso da MPB, como As Frenéticas e Maria Alcina, compostas em parceria com Luís Carlos Góis.

Em 1980, participou do festival MPB Shell da Rede Globo cantando apenas de cueca a debochada canção “Nostradamus”, que não se classificou, mas ficou conhecida pelo público. Nessa época, gravou o primeiro LP, “Olhar Brasileiro”. Mas o sucesso viria em 1982, quando flertou com o ainda incipiente pop-rock, no LP  com as canções Cantando no Banheiro, Barrados no Baile, Cabelos Negros e Rock da Cachorra .

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