Getting Better – O Melhor dos Beatles

Os petropolitanos que foram ao Theatro Dom Pedro na noite do dia 2 de julho esperando ver Luiz Mattos, Mário Vítor, Manuel Melo e Moacir Júnior, componentes da famosa banda cover dos Beatles, “Túnel do Tempo”, tiveram uma agradável surpresa ao ver Vlad Magalhães, Kiko Garcia, Guilherme Rancanti, Sylvio Campos e Flávio Freitas, componentes da banda mineira de BH, Glass Union, em seu lugar, cantando as músicas do quarteto de Liverpool e vestidos com as famosas roupas do aclamado álbum “Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band”.

Desde já, caro leitor, desculpe-me se minha memória é falha e eu não consegui lembrar de todas as músicas que foram tocadas (pois foram muitas, já que foram quase duas horas e meia de show) e nem a ordem em que foram executadas.

Embora a banda não tenha cantado clássicas como “A hard day’s night”, “Love me do”, “From me to you” e “Let it be”, eles agradaram o público cantando um repertório bem diferenciado e selecionando as faixas mais bonitas (embora nem sempre as mais famosas) de quase todos os álbuns dos Beatles.

O público já podia sentir uma atmosfera diferente no começo do show com “Anna (go with him)” do primeiro álbum “Please please me”, que não é uma música esperada em shows covers da banda, e muito menos como música de abertura. Logo depois, os meninos cantam “Do you want to know a secret”, também do primeiro álbum, e seguem cantando as baladas de Lennon e McCartney como “Yesterday”, “Eleanor Rigby”, “Michelle”, “In my life”, “Here, there and everywhere”, “The fool in the Hill” entre outras e claro, as clássicas de Harrison: “Something” e “Here comes the sun”.

Em seguida, eles cantam músicas do Sgt Peppers, como a música homônima do álbum, “With a little help from my friends”, “Getting better”, “Fixing a hole”, “Lucy in the sky with diamonds” e a belíssima “A day in the life”;  do “Álbum Branco”,  executaram “Revolution I”, “Happiness is a warm gun” e “Rocky Raccoon”.

Como cada música dos Beatles tem instrumentos variados, a banda demorava um pouquinho entre uma música e outra, mas para compensar essa pequena demora, eles contavam uma curiosidade ou a origem da música seguinte para entreter o público, o que foi bem interessante e uma saída bem sagaz dos rapazes.

“PennyLane”, “Strawberry fields forever”, “Come together” também foram tocadas antes que a banda partisse para a fase “iê iê iê” que começou com “Ticket to Ride”. Nessa parte do show, foi evidente a animação e até um leve movimento de ombros dos espectadores.

Músicas do segundo álbum, “With the Beatles”, como “It won’t be long”, “All I got to do” e “All my loving” antecederam as tão famosas “I wanna hold your hand”, “Can’t buy me love”, “I saw her standing there”, “She loves you” e “Help!” que supostamente era para ser a última música da noite.

As pessoas não podiam acreditar que eles iam embora sem cantar “Hey Jude” e começaram a pedir pela música. Logicamente eles não iam deixar os petropolitanos desapontados e a executaram para delírio dos presentes. Senhores, senhoras, moços e moças se levantaram e fizeram um belo coro na parte do “nanananana”, e para surpresa e animação dos que já estavam em pé eles encerram o show com uma música de “Curtindo a vida adoidado”, a dançante e contagiante, “Twist and shout”.

Muitos que conferiram o show no ano passado foram motivados, assim como eu, a prestigiar a banda mais uma vez e puderam curtir um repertório bem diferente do show anterior e com uma banda tão boa quanto.

Cada vez que Vlad cantava, parecia que estávamos ouvindo John Lennon em pessoa, mas infelizmente como isso não é possível, cabe aos beatlemaníacos matar a saudade da maior banda da história indo aos shows de bandas não tão grandes e famosas, mas com muito mais talento do que muitos por aí, como a Glass Union e o Túnel do Tempo.

A proposta do show foi realizada com sucesso e … “I have to admit it’s getting better all the time”.