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Cultura & LazerEspeciais

Série ‘Tribos’: Música Eletrônica

Basta ouvir o ‘tuntz tuntz’  para saber o ritmo musical que está tocando. O som repetitivo e progressivo da música eletrônica causa um efeito hipnótico, no qual a pessoa se deixa levar pelo ritmo e dança sem regras, seguindo a emoção.

A música eletrônica surgiu em 1850 junto com os primeiros equipamentos que modificavam as melodias por meio de instrumentos eletrônicos. Porém, sua expansão foi após segunda Guerra Mundial, quando surgiram incentivos às músicas de várias instituições. Primeiramente, bastante relacionada ao rock, e atualmente um estilo musical próprio.

O cenário da música eletrônica é composto por cores vibrantes, alegria, agito, festas com decorações inusitadas em suas formas, visando algo parecido com a perturbação. Ela envolve de forma a não permitir a desconcentração. É um momento único, onde não há preocupações, apenas a curtição daquela vibe.

Em Petrópolis, as boates começaram a investir em DJs especializados em electro, house, techno, e outros, e o público que curte estes estilos é fiel.

Fábio Pimentel, de 23 anos, se diz apaixonado por música eletrônica. Para ele basta seguir a vibe, sem importar para onde for. “Eu curto o full on, prog e electro, já frequentei grandes raves como a Euphoria, Goa, Chemical, Tribe, Experience, entre outras. Na minha opinião, em Petrópolis hoje, o melhor lugar para curtir música eletrônica é a boate NIX”, disse o estudante.

Já para o publicitário e baixista Tiago Veiga, de 27 anos, a música eletrônica não é de verdade. “As pessoas pegam um monte de sons e misturam. Eu não consigo escutar isso, por gostar de música de verdade, geralmente as pessoas que gostam disso não estão interessadas no conhecimento musical de quem fez, gostam porque vão para a balada e não entendem nada de música”, completou Tiago.

DJs como Felguk, Gui Boratto, Flutuance, entre outros, são grandes nomes das festas de músicas eletrônicas – raves – que marcam presença frequentemente nas boates de Petrópolis, além dos já consagrados na cidade Vinícius Magalhães e Roniel Oliveira.

 

Crédito: Aline Rickly

Entrevista exclusiva com o DJ Vinícius Magalhães

Vinicius tem 24 anos e toca em festas desde os 12. Seu interesse por música eletrônica, especificamente, começou aos 14 anos, quando percebeu que o DJ tinha função de atuar muito mais na cena eletrônica do que em qualquer outra e foi aí que despertou o interesse em saber como tudo funcionava e a ouvir novos sons – Inspirado por nomes como o trio sueco Axwell, Steve Angello e Sabastian Ingrosso, conhecido como “Swedish House Mafia”, além de outros DJs, como o americano Erick Morillo e o espanhol David Tort, com quem ele teve o prazer de tocar junto há alguns meses.

 

Acontece em Petrópolis: Quais estilos mais caracterizam o seu set?
DJ Vinicius Magalhães: Meu som passa por Club House e Progressive, gosto de um som mais “orgânico”, vocais. A música tem que estar “viva”, não gosto de sons muito secos e sintéticos.

AeP: Em quais lugares você já tocou?
DJ: Aqui em Petrópolis toco bastante no Tamboatá, já fui residente dos extintos clubs Euro e Zapata. Tenho tocado bastante na DC10 em Três Rios, já toquei na Nuth Club do Rio, na Wall Street em Vitória-ES, entre outras festas e clubs de Minas.

AeP: Muitas pessoas ainda associam música eletrônica às drogas, você vê isso como preconceito?
DJ: Sim. As drogas sempre estiveram presentes no mundo da música, não acho certo hoje a associarmos somente a música eletrônica.

AeP: Que tipo de música eletrônica o público petropolitano mais gosta?
DJ: Certamente o Electro-House. Infelizmente, o público de Petrópolis ainda está engatinhando perto do que rola lá fora. De um modo geral, quem curte electro-house hoje, amava psytrance há 2 anos. O bacana de quem curte música eletrônica de verdade é saber ouvir de tudo sem preconceitos, conhecer antes para depois julgar com propriedade o que acha bom ou ruim, e não só engolir o que a massa ouve só porque alguém disse que é bom.

AeP: Uma dica para quem curte música eletrônica em Petrópolis? Para onde ir?
DJ: O Tamboatá tem feito ótimas festas e sempre traz grandes nomes da cena, então é o que eu recomendo.

 

O Acontece em Petrópolis conversou também com os meninos, Leonardo e Bruno – Flutuance – , em sua apresentação no Tamboatá, no dia 23 de julho.

Leonardo e Bruno, da Flutuance (Foto: Divulgação)

Ambos atualmente com 26 anos de idade, contam que começaram a tocar juntos em 2001. Com simpatia e atenção, falaram sobre o som deles, que transita entre o Techno, Tech House, Electro, Minimal, Progressive e o House.

Grandes nomes como  Dj Dan (House), Alex Kenji (Tech House), Felguk (Electro), Piatto (Techno) e Alex Young( Minimal) têm em seus sets músicas produzidas pelo Flutuance. A dupla em estúdio não se preocupa com rótulos de determinadas vertentes, tendo como objetivo a criação de sensações e grooves intensos independente do estilo a ser seguido.

Em Petrópolis, eles já tocaram no Zapata, na Euro, em uma rave, e também no Tamboatá. “Já conhecemos a cidade, gostamos do frio daqui”, declarou a dupla.

Os meninos já possuem 48 músicas lançadas e o Flutuance se caracteriza como um dos projetos de música eletrônica mais importantes do Brasil.

 

Entenda os diferentes ritmos:

House – O elemento comum de quase toda a “house music” é uma batida reta, bem definida e marcante gerada numa bateria eletrônica, completada com uma sólida (muitas vezes também gerada eletronicamente) linha de baixo e, em muitos casos, acréscimos de “samplers”, ou pequenas porções de voz ou de instrumentos de outras músicas.

Trance – Batidas repetitivas e melodias progressivas características, que levam o ouvinte a um estado de transe, de libertação espiritual, enquanto ouve.

Electro – Estilo de House com timbres sintéticos e sombrios e com linhas de baixo ácidas,característica emprestada do electro da década de 80.

Psytrance – Este estilo tem uma batida rápida, entre 135 e 165 batidas por minuto (bpm), além de batidas retas, que algumas vezes difere da batida do techno por ter um alcance de frequência um pouco mais alto, além dos sons graves.

Full on – Full on é a vertente mais melódica do PsyTrance

Drum ‘n’ bass – Um estilo de música eletrônica dançante caracterizado pela batida rápida e pesada gerada por uma bateria eletrônica, com a presença marcante do baixo.

Progressive – Consiste também numa batida reta, bem definida e marcante, com um baixo mais profundo, uma atmosfera mais elaborada e emocional onde as mudanças na música ocorrem pouco a pouco, ou seja, a música vai crescendo durante a sua duração e ganhando mais energia, mais força, daí o nome ‘progressivo’.

 

 

 

 

 

 

 

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