Embora o sol pareça estar de férias, estamos no verão e junto dele também estão as doenças que acompanham essa estação e faça chuva ou faça sol, devemos tomar cuidado com elas.
As doenças mais comuns são: dengue, hepatite A e E, doenças diarréicas e micoses. Além destas, a estudante de enfermagem Carolina de Menezes ainda alerta sobre a leptospirose que em decorrência das inundações e do contato de indivíduos com água contaminada por urina de rato acaba sendo uma preocupação constante.
O acúmulo de água em recipientes propicia a proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti que causa febre, dor de cabeça, indisposição, dores musculares e em articulações. Já tanto a hepatite A quanto a E também são comuns nessa época devido às enchentes que contribuem para a contaminação da água por esgoto e consequentemente, pelo vírus que é eliminado pelas fezes da pessoa contaminada. Os sintomas de ambas são: dor de cabeça, dor abdominal, falta de apetite, náuseas, vômito, icterícia (aspecto “amarelado”), fezes de cor esbranquiçada e urina de cor marrom escura.
As micoses por sua vez, são causadas por fungos que adoram ambientes úmidos e escuros. Como no verão a umidade de nossa pele é maior devido à transpiração e ao contato por um período longo de tempo com a água do mar e piscina, estes se aproveitam desta situação. Os locais mais comuns para o aparecimento das micoses são: entre os dedos dos pés, axila, locais de dobras e unhas.
Carolina ressalta a importância de não transitar em água de enchente e ainda fala sobre como podemos nos prevenir de cada doença, confira abaixo:
Dengue: impedir o acúmulo de água em recipientes como pneus, caixas d’água, vasos de plantas, etc. Também é bom lembrar que os ovos do Aedes aegypti podem resistir por mais de seis meses nas paredes secas dos recipientes até terem contato com a água e se transformarem em mosquitos. O uso de repelentes e de calças compridas pode auxiliar na prevenção da doença, uma vez que o mosquito da dengue voa baixo, portanto este mosquito pica membros inferiores (pernas).
Hepatite A e E: para a prevenção da hepatite A temos a vacina, mas a forma mais importante de prevenção é o cuidado com a ingestão da água, que deve ser potável e o cuidado com a higienização dos alimentos, que também devem ser lavados com água limpa. A vacina de hepatite A só está disponível na rede privada de saúde, uma vez que o custo desta é muito elevado. Já as medidas para a hepatite E são as mesmas, porém ainda não existe uma vacina contra a doença, mas existem estudos a respeito de uma vacina sendo realizados na China que possui várias áreas endêmicas (ou seja, locais onde há casos da doença, mas não chegando a ser uma epidemia).
Micoses: não andar descalço em pisos úmidos e públicos; Não compartilhar toalhas, roupas e sapatos. Enxugar adequadamente regiões de dobra, entre os dedos dos pés e axilas após o banho, e não usar calçados fechados durante muito tempo.
Cuidados na praia
Para todos aqueles que foram ou ainda vão a praia, ou mesmo para aqueles que estão esperando o sol sair para aproveitar a piscina e pegar aquele bronzeado, nunca é demais ressaltar os cuidados que devemos tomar com a exposição ao sol.
O horário ideal para a exposição é antes das 10h e depois das 16h, pois é nesse período que a incidência de raios UVB é menor. É importante ingerir bastante líquido, utilizar protetor solar (que deve ser passado antes de sair de casa e ser usado a cada 30 minutos), óculos de sol para proteger os olhos e se possível usar bonés ou chapéus.
Vocês também devem prestar atenção nas comidas que são consumidas na praia uma vez que os vendedores ambulantes devido ao seu trabalho acabam expondo os alimentos a situações inadequadas, como por exemplo, altas temperaturas, tornando-os inadequados para o consumo. Outro ponto relevante é a qualidade do gelo, pois a água utilizada para fazê-lo pode ser inadequada.
Por último, mas não menos importante: tomem cuidado não só com as micoses como também com o bicho geográfico, que nada mais é do que a larva (larva migrans) de um parasita encontrado no intestino de cães e gatos. Esta larva penetra na pele do homem e faz túneis sob a mesma, o aspecto que estes túneis conferem à pele é que dão o nome para a doença. Esta larva é mais facilmente encontrada na areia da praia, mas pode estar presente em qualquer local que possua condições favoráveis pra ela, por este motivo é importante que não se leve cães e gatos para a praia. Os sintomas são erupções vermelhas causadas pela larva, além de coceira. O tratamento é realizado através do uso de medicamentos.
