“O que são as palavras sem um pouco de ação?”
Esta frase, lembrada por um dos personagens em determinado momento do filme, retrata fielmente a mais nova obra do diretor Zack Snyder, Sucker Punch – Mundo Surreal.
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Na trama escrita pelo próprio diretor, viajamos a maior parte do tempo no interior da mente de Baby Doll (Emily Browning), uma garota órfã mandada para o hospício pelo violento padrasto, mas que em um outro mundo busca pela sua liberdade. No intuito de proteger-se contra os perigos que a perseguem, a jovem cria em sua mente um universo dominado pela sua criatividade, no qual a vitória diante de guerreiros poderosos e situações mais improváveis e difíceis se torna possível.
Apesar de tudo, o que vislumbramos ao longo da trama é uma série de elementos que despertam a atenção do público masculino, com um elenco carregado de sensualidade. Atrizes como Vanessa Hudgens e Carla Gugino, que sempre trajam roupas que deixam à mostra pernas, cinturas e decotes, conseguem dar conta do recado com tranquilidade. Para completar, essas beldades estão sempre em missões cheias de tiroteios e batalhas corporais, o que deixa claro o apreço de Zack Snyder por sequências de ação inusitadas, descarregadas com toda sua cultura pop. Aliás, característica essa que o destacou rapidamente entre os grandes diretores de blockbusters da atualidade, desde “Madrugada dos Mortos” e passando por filmes como “300” e “Watchmen”.
Mesmo com um roteiro deficiente, o filme talvez seja um grande mise-en-scéne neurótico, fingindo ser bem maior do que realmente é. Mas apesar de tudo, o filme é compensado pelo visual, com efeitos especiais (e digitais), acrescidos da trilha e efeitos sonoros inimagináveis. Vale a pena deixar-se levar por esse delírio visual e embarcar nessa viagem.
“Sucker Punch – Mundo Surreal” (EUA/Can, 2011), escrito por Zack Snyder e Steve Shibuya, dirigido por Zack Snyder, com Emily Brownin, Abbie Cornish, Jena Malone, Vanessa Hudgens, Jamie Chung, Carla Gugino, Oscar Isaac, Scott Glenn e Jon Hamm. O filme está em cartaz no Cine Bauhaus, com sessões diárias às 16h30 e 20h45.
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Serviço
Cine Bauhaus
Shopping Bauhaus
Rua Dr. Nelson de Sá Earp, 88 Lojas 8 e 12 – Centro
Telefone: 2237-1348
www.cinebauhaus.com.br
Preços:
Segunda é dia de cinema. Ingressos a R$ 3,00 em todas as sessões (exceto feriados e vésperas de feriado).
Terça a quinta (exceto feriados): sessões iniciadas até 15h59min – inteira: R$ 10,00 (meia: R$ 5,00); após 16h inteira: R$ 12,00 (meia: R$ 6,00)
Sexta a domingo e feriados: sessões iniciadas até 15h59min – inteira: R$ 12,00 (meia R$ 6,00); após 16h inteira: R$ 14,00 (meia R$ 7,00)
Pagam meia entrada: estudantes, idosos e funcionários públicos.
Muito boa a resenha crítica. Porém, apenas algumas curiosidades, intrigantes até, sobre vários aspectos no filme que primeiramente não fazem menor sentido, mas se refletidos até que são aceitáveis. Pra começar, o fato de Baby Doll se imaginar pertencente a um bordel, onde as garotas são prostitutas e os vilões são seus cafetões. Há também um detalhe genial na batalha da segunda guerra, onde se espirra gás em vez de sangue, dos alemães feridos, uma clara referência à câmara de gás. Porém, é inegável que Sucker Punch tem um potencial de atrair a atenção do público, aonde se aposta alto no visual do filme. A começar pelos efeitos especiais, onde Snyder engrandece a obra por inteiro. Vale mencionar, assim como foi citado acima, a trilha sonora inovadora, vibrante, que vai da cantora Björk até a banda Queen, numa diversidade remixada de diversas músicas e ritmos que só aumentam a descarga de energia que o filme proporciona. Porém, ainda tenho algumas perguntas, não respondidas, como: Na realidade-realidade, não ficou claro se por acaso as meninas realmente morreram ou o quê. Temos apenas a certeza de que Sweet Pea fugiu e que BabyDoll virou uma “boneca”.