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Série Brejal: Personalidades

 

Getúlio Vargas também frequentava o Brejal enquanto estava em Petrópolis./ Foto: Acervo Museu Imperial

O Brejal é encantador por muitos motivos, pelo clima, pelas belezas naturais, pelos atrativos turísticos, pela gastronomia e etc. Por tudo isso, há algum tempo a região conquista um público exigente e sofisticado. Um dos visitantes ilustres recebido pelo local foi o ex- Presidente da República, Getúlio Vargas.

Vargas era Gaúcho e estava acostumado ao clima frio do sul, encontrando em Petrópolis o melhor lugar para passar o verão. O presidente buscava um clima ameno e acabou sendo recebido de forma calorosa pelos petropolitanos.

“Getúlio não estava acostumado ao calor do Rio. Ele se encantou pelo clima, pela paz e pela população de Petrópolis. Na cidade, ele tinha a oportunidade de fazer coisas que não podia fazer no Rio”, contou a neta de Vargas, Celina Vargas do Amaral Peixoto, que mantém até hoje, no Brejal, a Fazenda Cafundó, que inclusive foi citada nos diários do presidente.

Celina conta que vinha junto com a família para Petrópolis: “Éramos crianças então o que queríamos era brincar. Sonhávamos com uma piscina e meu avô dizia que em palácio público não podia ter. Ficávamos mendigando uma piscina na casa de amigos. Não era uma vida livre de crianças normais porque éramos netos de Getúlio e eu, filha do governador (Ernani do Amaral Peixoto)”.

“O povo tinha adoração por Getúlio”

Em 12 anos de visitas ininterruptas, Vargas dividia seu tempo entre os despachos presidenciais, visitas às fazendas de famílias amigas, passeios a cavalo e caminhadas a pé pelas ruas do centro.

Os relatos e as fotos demonstram que o presidente era um homem simples. Descrito como simpático e cordeal, durante os passeios pela cidade, era comum encontrá-lo rodeado de crianças. “O povo tinha adoração por Getúlio. Na intimidade ele era uma pessoa carinhosa e simples”, conta o amigo da família. Ao mesmo tempo em que estava nos braços do povo, Vargas também era reservado. Juscelino Kubitschek a respeito de Getúlio dizia que ele era um gaúcho mineiro, por ter sido fechado e só conversar de maneira mais descontraída com pessoas mais íntimas.

O acervo de Getúlio, condecorações, fotos, diplomas, cartões e objetos pessoais e de campanha, foi doado, entre 1999 e 2000, à Fundação Getúlio Vargas e originou o Centro de Pesquisa e Documentação da História Contemporânea (CPDOC).

 

Pousada e Restaurante Provence, propriedade do conhecido Joaquim Nabuco. / Foto: Aline Rickly

Além do ex-presidente, existem outras duas pessoas muito conhecidas que se apaixonaram pelo Brejal, são eles: Vivi Nabuco e Joaquim Aurélio Nabuco, ambos netos do abolicionista Joaquim Nabuco que foi também um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Os dois irmãos contribuíram para o desenvolvimento do Brejal. Vivi realizou grandes obras em suas terras, construindo casas de alvenaria para os moradores, uma grande sede da Fazenda e ainda instalou o Haras Massangana, que hoje patrocina uma das provas de Campeonato Nacional de salto. Já Joaquim investiu na Pousada e Restaurante Provence, que gera emprego e renda para a região, tendo sido o primeiro a trazer ervas para o Brasil – especificamente para o Brejal– vindas da França.

 

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