Publicidade Concer: Passarelas
Publicidade Concer: Passarelas
Especiais

Série Brejal: Comunicação e vida no interior

 

O asfalto chegou em 2002 no Brejal e facilitou o transporte dos moradores. / Foto: Aline Rickly

Atualmente, os meios de comunicação como rádio, jornal impresso, TV, telefone e internet alcançam grande parte da população mundial. A globalização tomou rumos inesperados até então, as distâncias diminuíram e é possível se comunicar com qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.

O fato curioso é que este fenômeno não conseguiu atingir ainda todas as camadas da população, nem todas as regiões.

O Brejal é um dos locais onde o acesso aos meios de comunicação ainda são restritos. Celular não pega. Para ter telefone fixo é necessário pagar cerca de mil metros de fiação e conseguir obter a linha telefônica, visto que, na maioria das casas ela não chega ainda. A internet é conhecida por uma mínima parte da população.

Adão Santana reclama que para conseguir o telefone fixo em casa terá que gastar mais de R$ 500,00 de fiação e para o produtor não vale a pena. “O jeito é ir ao orelhão mais próximo ou andar alguns quilômetros para ligar da casa de algum conhecido, amigo ou parente”, diz Adão ressaltando que nem o celular adianta, porque não há antena de sinal no local.

Quando perguntado sobre a internet Adão fica sem jeito mas acaba dando o seu parecer sobre o assunto. “Internet eu não entendo, sei que é uma coisa que dá para gente se comunicar com pessoas que estão longe”, afirma.

O jardineiro, Pedro Paulo de Souza Lima, de 54 anos também nasceu e foi criado no Brejal. Pedro é mais um que não possui telefone em casa. Ele frisa que hoje as condições de vida estão melhores no local, pois, há asfalto até o centro do bairro, tem ônibus, escola e até um posto médico.

“Esse lugar eu não troco por nenhum outro”

Já Antônio Francisco Lima, de 45 anos, destaca que a maior dificuldade é a falta de emprego. “Posso dizer que o Brejal já esteve melhor do que está hoje”, destaca Antônio.

A primeira tentativa de implantar o jornal impresso foi ainda em 1981, o jornal chamava-se “Nº zero” e suas origens são desconhecidas. Fernando Amorim da fazenda Piraju explica que há boatos que foi um ou outro, mas nada com exatidão.

Em 2006 houve outra tentativa dessa vez o jornal foi denominado: “Raízes do Brejal”, este falava sobre educação, turismo, saúde e agricultura . Nos exemplares constam os nomes de Rodrigo Rosa Barbosa e Juan José Fonseca Palacin, como escritores do jornal.

Mesmo com as dificuldades enfrentadas todos os moradores entrevistados demonstraram sua paixão pela localidade. “Esse lugar eu não troco por nenhum outro”, diz Pedro Paulo.

 

 

 

 

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização ([email protected]).