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Cultura & LazerEntrevistas

Zeca Baleiro lota Theatro Dom Pedro

Fotos: Thiago Lisbôa

Nem o frio, ou sequer a chuva fininha que caía na noite da última quinta-feira afastaram os petropolitanos do Theatro Dom Pedro. A casa estava lotada e com ingressos esgotados para o show do maranhense Zeca Baleiro, que voltava à cidade após três anos de ausência.

Dessa vez, Zeca estava acompanhado apenas de seu amigo de longa data, Tuco Marcondes (voz, violão, guitarra, gaita), que integra sua banda há 11 anos. Assim, a apresentação ganhou um contorno bastante intimista, aproximando o cantor do público, o que contribuiu para que Baleiro se sentisse à vontade para comentar sobre o frio, desabafar sobre o caos nos aeroportos (que atrasou sua chegada à cidade) e apresentar à plateia uma canção de um trabalho infantil que pretende lançar. Embora não houvesse uma criança sequer no teatro, todos se divertiram aprendendo a cantar “O Ornitorrinco”.

 

A boa relação com Tuco transparece no palco, e é visível que ambos estão se divertindo. O clima descontraído acaba por envolver o público, que não raro se diverte com o bom humor do cantor.

 

Foto: Thiago Lisbôa

Em entrevista exclusiva ao Acontece em Petrópolis, Zeca contou que tem uma grande sintonia com o músico – até na hora de errar. “Tocamos muito nessa formação. O Tuco já sabe até quando eu erro, e erra junto. Ele conhece profundamente o meu repertório. É muito bacana ter músicos que são fiéis escudeiros, você fica mais solto. Esse show, como é muito tête-à-tête com o público, se alguém grita alguma música que você por algum motivo esqueceu, se estiver na vibe, você toca, e o cara vai atrás. Isso cria uma relação mais íntima com o público. É diferente de um show com banda, que é mais ruidoso, mais barulhento, e você não é totalmente o centro das atenções. Mas gosto das duas formas, tanto do show catártico, como do feito em teatro. E quando o público é educado, aí fica melhor ainda”, disse, sorrindo.

Foto: Thiago Lisbôa

Embora sucessos como “À Flor da Pele” e “Heavy Metal do Senhor” tenham ficado de fora, o repertório foi recheado de outras tantas canções conhecidas do público, que fez um belo coro em músicas como “Proibida Pra Mim”, “Lenha”, “Vai de Madureira”, “Quase Nada”, “Babylon”, “Telegrama”, “Toca Raul”, “Samba do Approach”, entre outras, novas e antigas.

Foto: Thiago Lisbôa

A lista de sucessos pode ficar ainda maior em breve. Zeca revelou que já trabalha no disco que irá suceder “O Coração do Homem Bomba”, lançado em 2009. “Gosto de gravar discos, tenho um fetiche com eles. Componho o tempo todo – às vezes coisas boas, às vezes desprezíveis. Todo compositor tem um gaveteiro (risos). É que cansa também, precisa dedicar atenção, e a estrada às vezes te consome. Não sei se consigo lançar esse ano, mas estou com um grande balaio de canções, e vou tentar, nesse semestre, produzir umas 11 ou 12 para fazer um disco novo”, contou. Assim esperamos.

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