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CidadeTurismo

Diagnóstico negativo sobre infraestrutura é entregue na reunião do COMTUR

Em reunião do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), Bruno Wanderley, presidente do PC&VB leu um documento preliminar ao Corredor do Turismo que traz um diagnóstico negativo sobre a infraestrutura da cidade.

Há quase dois meses, voluntários e diretores do Petrópolis Convention & Visitors Bureau vem vistoriando as principais vias de acesso aos atrativos e produtos turísticos para avaliar problemas como limpeza pública, sinalização de transito, limpeza urbana, mobiliário público, visual, serviços de concessão pública (água, luz e internet) e ocupação irregular do solo para montar um documento preliminar ao Corredor do Turismo, a fim de cobrar dos órgãos responsáveis as devidas providências.

Nos 21 eixos avaliados, todos apresentam praticamente os mesmos problemas, que vem se arrastando há vários mandatos na cidade.

Limpeza Pública – constatou-se mato alto, jardins descuidados e lixo jogado de qualquer forma pelas ruas. Foi concluído que Petrópolis precisa urgentemente de paisagistas e empresas especializadas em manutenção de jardins, que deveriam ser monitorados 24h, a exemplo do que é feito em outras cidades.

Coleta de lixo – existe uma necessidade urgente de padronizar o sistema, impor limites para a população e comércio, fazer uma coleta com horários e dias precisos, além de eliminar as caçambas da maior parte do município, que poluem o visual da cidade e são utilizadas de forma equivocada pela população.

Sinalização de Trânsito – a sinalização de trânsito não é feita de forma homogênea em todo o município. Enquanto algumas ruas do Centro ganham sinalização, há muitas deficiências e até a completa ausência em importantes vias utilizadas por turistas e moradores. Quebra-molas de diversas formas e tamanhos são encontrados em todas as ruas, a maioria sem pintura ou placas de orientação.

Infraestrutura Urbana  – as calçadas foram mal avaliadas no diagnóstico, já que não obedecem a nenhum padrão, não estão preparadas para deficientes físicos, com quantidade de desníveis e buracos tão grande quanto às ruas.

Mobiliário Público – no Centro Histórico, a fiação aérea interfere diretamente na foto dos prédios históricos, estragando a paisagem  da cidade e, consequentemente, sua divulgação espontânea. Já nos distritos e circuitos eco rurais, foram encontradas uma mistura de postes de madeira com postes de concreto, iluminação pública precária ou inexistente. O mesmo ocorre com a telefonia fixa, que possui fiação solta e pendurada.

Avaliação Visual – neste item, concluiu-se que em grande parte do município, a natureza ainda exuberante supera o descaso da maioria dos imóveis com o visual externo. Casas sem acabamento, muros destruídos, cercas deploráveis, lixo na frente de comércio e residências, pintura desgastada pelo tempo e outros detalhes que provocam um empobrecimento paisagístico. Também foi constatado o aumento do número de moradores de rua, assim como a grande quantidade de animais domésticos abandonados, principalmente cães e gatos.

Serviço de Concessão Pública (telefone, internet, luz) – foi avaliado como um dos grandes problemas, principalmente nos distritos. Nestas localidades, o fornecimento de energia é constantemente interrompido por falta de investimento em melhorias no sistema elétrico, onde a rede é inadequada ao convívio com a floresta, exigindo poda e manutenção em volume que a empresa prestadora de serviços não consegue oferecer.

As mesmas dificuldades também são encontradas com serviços básicos como telefonia e internet – “Uma total falta de sintonia com o turista moderno, que viaja carregado de tecnologia de ponta e se vê de volta ao passado, literalmente, quando visita o município, principalmente nos distritos e áreas mais afastadas. Esta falta de investimento coloca em risco todo o potencial da região para receber eventos e convenções”, argumenta Bruno.

No diagnóstico do Corredor do Turismo, também foram constadas muitas reclamações quanto à TV a cabo e serviço de telefonia celular, com péssimo atendimento e sinal de todas as operadoras, que se revezam nos pontos cegos de funcionamento, além da falta de tecnologia 3G na maior parte do município.

Ocupação Irregular do Solo – foi constatado que nos últimos 30 anos, o município sofre com a falta de um planejamento habitacional.  São várias ocupações irregulares, ao longo dos rios, nas encostas, margens de rodovias e em áreas de proteção ambiental, colocando em risco a vida do cidadão petropolitano.  A consequência é um forte  impacto no meio ambiente e na atividade turística, seja pela poluição visual, onde moradias tomam o lugar das florestas, seja pela contaminação do meio ambiente, onde o esgoto é despejado livremente nos rios, junto com lixo, seja na estrutura precária das construções, inadequadas para a montanha, que ao provocar a morte de seus moradores, gera, além da comoção geral, imediata mídia negativa em grandes proporções, passando um clima de terror e destruição da região, afastando o turista e resultando no fechamento ou endividamento das empresas ligadas ao turismo,  paralisando a economia como um todo, e gerando desemprego e queda na arrecadação de impostos.

O documento que foi entregue ao COMTUR vai promover uma convocação oficial aos dirigentes dos principais órgãos da cidade. Os primeiros a serem comunicados são  COMDEP e CPTRANS para que compareçam na próxima reunião do Conselho, na segunda quarta-feira do mês de agosto. Posteriormente, também serão convocados representantes da AMPLA e da CONCER. Entretanto, se as companhias e prestadoras de serviço público não fizerem as melhorias necessárias, o passo seguinte é a tomada de medidas cabíveis no Ministério Público.

 

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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