Foto: Mariana Rocha
Um grupo de moradores que vive próximo à Praça da Liberdade pretende formar uma associação com o objetivo de evitar os eventos realizados pelo Grupo Solstício do Som na praça. A iniciativa dos moradores é liderada por síndicos dos prédios que se reuniram para ir ao Ministério Público solicitar o fim do festival que está na 5ª edição.
“Eu soube desse problema dos moradores através dos jornais da cidade. Eles ainda não entraram em contato com a AMA. É claro que a Associação de Moradores do Centro Histórico é a favor do Corredor Cultural e das apresentações em locais públicos, desde que sejam respeitados os critérios estabelecidos pelo estudo de impacto de vizinhança, para que não gere desconforto nas pessoas que vivem próximas ao local onde está sendo realizado o evento”, esclarece Mirian Born, Presidente da Associação de Moradores e Amigos do Centro Histórico
O evento Solstício do Som surgiu em dezembro de 2010, com o objetivo de disseminar em Petrópolis a prática comum de atrações musicais ao ar livre, como acontece em vários países.
“Quando tive a ideia de transportarmos o evento para a Praça da Liberdade, acabamos não só por revitalizar um espaço, mas descobrimos ali um enorme potencial para shows do porte do Solstício e não pretendemos nos mudar tão cedo, pois além de tudo, ele não interfere no cotidiano e no fluxo da cidade em si”, explica João Felipe Verleun, organizador do evento.
Os moradores reclamam da música alta após às dez horas da noite, quando deveria haver silêncio, para que as pessoas possam dormir tranquilas. “Com esse problema evidenciado, sugiro que os moradores possam ir à Procuradoria Estadual do Município, onde vão entender quais os procedimentos necessários para resolver esse impasse”, declara Born.
O objetivo dos organizadores do Solstício do Som é continuar realizando o evento dando aos músicos da cidade um espaço garantido para realizar as apresentações, além de oferecer momentos de lazer para a população.
“A alegria de promover esses eventos em espaço público é dar a oportunidade, sem restrições, para que qualquer um possa assistir, conhecer e interagir com os artistas, afim de promover a movimentação cultural da cidade. Nós vamos agendar reuniões com o poder público e estamos abertos ao diálogo com os moradores para encontrarmos uma solução razoável para todos. Se o objetivo for essa cooperação, contarão com toda nossa colaboração, mas caso o objetivo seja o de acabar com os eventos na Praça da Liberdade, reagiremos”, finaliza João Felipe.
