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Alunos da Estácio e da FMP/Fase se mobilizam para ajudar vítimas das chuvas

Alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá e da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase se mobilizaram para ajudar as vítimas das chuvas em Petrópolis.

Através de um trote solidário, os alunos da Estácio arrecadaram agasalhos que, até então seriam doados para uma instituição, mas que, devido à tragédia desta semana, estão sendo entregues no ponto de apoio criado pela Estácio e encaminhados aos desabrigados.

“O número de doações que conseguimos foi apenas entre os calouros. Faremos, ainda, uma ‘choppada’, que terá como preço do ingresso um quilo de alimento não perecível. O objetivo é usar da popularidade que o nosso trote ganhou na internet para conseguir um número muito maior de donativos”, contou Pedro Salgado, aluno veterano de Publicidade e Propaganda.

Já na FMP/Fase, duas equipes do Posto de Saúde da Família Estrada da Saudade e duas alunas do sétimo período de enfermagem ajudaram no atendimento e medicamento dos moradores desalojados e desabrigados. As vítimas receberam vacina antitetânica e foram cadastradas pela Defesa Civil e Secretaria de Assistência Social (Setrac).

A aluna do PSF Estrada da Saudade e moradora do local, Naythielle Klim Medeiros (21), conta que se sentiu impotente diante da tragédia, mas que estava preparada para ajudar a quem precisasse – “As pessoas gritavam por socorro, mas, na hora, eu não tinha noção do que estava acontecendo direito. Estavam todos descompensados, com pressão alta e então os levamos para o abrigo na escola e ficamos à disposição”.

Mais de 40 alunos do curso de medicina da Faculdade de Medicina de Petrópolis/Fase doaram sangue no Hospital Santa Teresa e arrecadaram mais de R$ 1.500,00 para cooperar com as vítimas.

Além disso, a FMP/Fase criou uma campanha para arrecadar itens de primeira necessidade às vítimas das chuvas e, nesta sexta-feira (22), visitou o CIEP Santos Dumont, no bairro Quitandinha, para entregar uma parte do material às famílias que ali se encontram.

Marcio Freitas Peixoto é morador da comunidade do Serrinha, localizada Quitandinha, onde também houve queda de barreira. Voluntário no abrigo CIEP Santos Dummont, onde há 41 famílias, totalizando 183 pessoas, ele está com a esposa, a filha de 2 anos e a enteada de 5 – “Ficamos presos porque a barreira fechou a saída da comunidade. Tivemos que derrubar o muro para poder passar. Nosso medo agora é ter q voltar pra lá”, contou.

Rosemere Vicente do Vale está com o marido, os dois filhos, de 11 e 14 anos, a neta de 2 e a ex nora – “Está tudo comprometido lá. As casas estão caindo. No Serrinha já deu enchente de entrar água duas vezes na minha casa. A gente está acostumado com a nossa própria casa, e ter que vir para um abrigo onde há um monte de gente é muito ruim. Não conseguimos dormir desde que viemos para cá e não sabemos se podemos voltar pras nossas casas”.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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