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Cidade

Dilma e Cabral são recebidos com protestos em Petrópolis

Foto: Tássia Thum / G1

A presidente Dilma Rousseff e o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, foram recebidos na última segunda-feira (25) com cartazes de protesto, em Petrópolis. Cerca de 100 jovens estiveram na frente da Catedral São Pedro de Alcântara para exigir que os governantes adotem medidas eficazes para que em períodos de chuva a cidade não sofra com outras tragédias.

Identificados como integrantes do Movimento Primavera Petropolitana, os jovens realizaram uma manifestação pacífica, com cartazes em que se podia ler: “Queremos Atitude”, “Chega de Mortes”, “Não Queremos sua Oração! Queremos sua Ação! Não à Omissão!”, “Dois Anos de Omissão, Enriquecendo com a nossa Dor” e “Lamentar não Ressuscita”.

De acordo com João Felipe Verleun, um dos jovens integrantes do Movimento, o grupo reúne mais de 700 pessoas pelo Facebook e faz reuniões quinzenais para discutir política e questões ligadas à cidade.

“Estão aqui pessoas diretamente afetadas pela falta de planejamento urbano da cidade. Permitiram que áreas de risco fossem ocupadas, legalizaram a situação, cobrando as taxas e impostos e, depois da tragédia, não resolvem o problema.”

Verleun ressaltou ainda a situação das pessoas que perderam suas residências durante a tragédia ocorrida no Vale do Cuiabá, em Itaipava, terceiro distrito do município, ocorrida há dois anos.

“As pessoas afetadas pelas fortes chuvas de janeiro de 2011 ainda estão recebendo aluguel social e nenhuma obra prometida foi feita. Não foi destinado nem o terreno ainda para a construção das casas”, lembrou.

Durante a Missa realizada pelo bispo diocesano Dom Gregório Paixão, dois manifestantes com cartazes de protesto furaram o cerco presidencial e exibiram as seguintes palavras para Dilma: “32 anos de omissão enriquecendo com a nossa dor. Mãos a obra para que não estejamos aqui ano que vem chorando por novas vítimas”.

O levantamento sobre as vítimas da tragédia realizado pela prefeitura de Petrópolis revela que mais de mil pessoas permanecem desalojadas, e pelos menos 15 mil famílias ainda se encontram em áreas consideradas de risco no município.

Durante a pregação, Dom Gregório Paixão se referindo às autoridades disse: “O sangue dos inocentes grita no meio da lama e da chuva para que nossos olhos e ouvidos se abram. O silêncio continua gritando para que os que estão vivos não morram na próxima tragédia.”.

Fonte: EBC e G1

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