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Banda carioca “Electric Goat Combo” se apresenta pela terceira vez no Solstício do Som

Foto: Arquivo Acontece em Petrópolis

O evento petropolitano de música independente, intitulado Solstício do Som, traz mais uma vez ao palco, a banda carioca “Electric Goat Combo”. Composta por Zé Antunes (baixo, kaossilator, câmera fotográfica);  Caio Braga (guitarra, metalofone, baixo, kaossilator); Pedro Fontes (guitarra, voz, metalofone, kaossilator e dreads) e Daniel Duarte (pratos e tambores), a banda se apresenta no próximo sábado (15), às 20h30.

Está é a sexta edição do evento que comemora o solstício do inverno, no dia 21 de junho.

O Portal Acontece em Petrópolis (AeP) entrevistou os integrantes da Electric Goat Combo (EGC). Confira abaixo!

AeP: Como e quando surgiu a banda?
EGC: A Electric Goat Combo surgiu como resultado de uma infestação de um organismo musical pré-existente – o finado BillyGoat, no qual todos os atuais integrantes acabaram tocando – por outra banda, o Flowstone. O Zé Antunes era fundador de ambas as bandas. Sorrateiramente os membros foram migrando do Flowstone para o BillyGoat. Depois do material pronto percebemos que se tratava de outra banda vestindo a pele de cordeiro (ou bode), daí a necessidade de outro nome.

AeP: Como foi escolhido o nome?
EGC: Não se sabe ao certo. Ninguém lembra direito. Parece ter surgido de uma névoa, uma mistura incapturável de palpites, tentativas de responder à pergunta mais estranha que se pode fazer: “Estou sonhando?”. O Philip K. Dick deu uma dica: ‘Do androids dream of electric sheep?’, mas e quem sonha com bodes elétricos?

AeP: Como foram convidados para tocar no Solstício do som no ano passado?
EGC: A história começou em um show nosso no Teatro Odisséia, o João Verleun [organizador do Solstício do som] estava lá, atento. Pelo visto ele gostou do que ouviu pois lembrou de nós.

AeP: O que acharam do evento?
EGC: O evento foi fantástico. Pela segunda vez. E ainda mais dessa vez. A produção caprichada nos deixou absolutamente tranquilos. Era subir ao palco e fazer o que fomos lá fazer. Não deu outra: O público respondeu ao nosso entusiasmo e assim nos desafiava a fazer ainda melhor. Pronto, estava armado um curto-circuito do qual nós saímos energizados. Querendo uma próxima vez.

AeP: Já tinham se apresentado em Petrópolis antes?
EGC: Sim. Participamos de outra edição do Solstício do Som. Também foi excelente a experiência, pudemos ver uma tremenda evolução de uma edição para outra.

AeP: A banda tem produção autoral? Quantas músicas?
EGC: Tudo que tocamos atualmente – na verdade já há algum tempo – nasceu de nossa atividade coletiva. O número de músicas finalizadas chega a umas 20, mas a quantidade de ideias, improvisos e temas registrados nos ensaios formam uma reserva não explorada ainda maior que a que atribuem ao pré-sal.

AeP: Onde costumam se apresentar?
EGC: Onde somos convocados. Ocasionalmente na Lapa no Rio de Janeiro entre o Teatro Odisséia, o Lapa Café e o Tico-Taco. Também em Botafogo no Audio Rebel e Saloon 79, ou no Veneno da Cobra em Caxias. Eventualmente em São Paulo, ou em outras festas que acontecem pela cidade em clima de happening (viva os anos 60!), onde podemos improvisar bastante (inclusive na formação, adicionando outros músicos interessados e amputando um dos membros efetivos)m para um público atento e interessado em uma experiência que envolva também o aspecto visual.

AeP: Quais são as bandas que inspiram a Electric Goat Combo?
EGC: A lista seria infinita e discordante. Cada um traz suas próprias influências e preferências. Mas seria importante não falar só de bandas: compartimentações não são muito úteis para nós. Então, uma lista de inspiradores: King Crimson, Kafka, Kubrick, Kyuss, Mars Volta, David Lynch, Tortoise, Bill Viola, Steve Reich, Lars Von Trier, Hermeto Pascoal, Om…

 AeP: Quais são as músicas tradicionais do repertório de vocês?
EGC: As tradições nós temos por hábito evitar. Até porque tradição diz respeito a valores imutáveis, consolidados por uma ampla aprovação da sociedade. Para quem quer criar, a tradição pode ser atraente, confortável – ficamos mesmo muito elegantes com ela, mas é perigosa, apenas um descuido e pode contaminar toda atividade criativa livre com aquele sentimento de déjà vu, cheiro de naftalina. A única tradição que aos poucos vai se consolidando em nossos shows é a de improvisar uma música em cada apresentação.

Para ouvir as músicas e baixar o álbum da banda basta acessar: electricgoatcombo.bandcamp.com.

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