Nesta sexta-feira (25), o Coral Pro Tempore homenageia o compositor Wilson Baptista em um sarau musical no Centro de Cultura Raul de Leoni, às 17h. A entrada é gratuita, mas quem quiser colaborar, poderá trazer um quilo de alimento não perecível para doação a entidades de assistência social.
Depois de homenagear Vinícius de Moraes, no recente “Petrópolis Canta Vinícius”, o coral, dirigido e regido pelo maestro Paulo Afonso Filho, irá resgatar no sarau outro compositor importante para a nossa música: Wilson Batista. Também centenário, como o “poetinha”, mas de um mundo diferente. Ao contrário do diplomata Vinícius, Wilson tinha como amigos os malandros da Lapa, com quem se identificava e até glorificava em seus sambas-de-breque e outras composições.
Ao invés das tradicionais modinhas do início do século passado e das músicas barroca e renascentista – que são a marca registrada dos saraus – serão tocados sambas populares. O Coral Pro Tempore também aproveitará a ocasião para mostrar um pouco de seu repertório, que tem foco na MPB sem esquecer os clássicos da música coral.
Sobre o poeta da malandragem
O compositor Wilson Baptista nasceu em agosto de 1913, em Campos e mudou-se para o Rio de Janeiro ainda adolescente. Foi um “contumaz vendedor de sambas”, nas palavras do historiador e produtor musical Ricardo Cravo Albim. Mesmo assim, teve incontáveis sucessos gravados por ele próprio e por ídolos da música brasileira da época, além de figuras importantes de hoje, como João Gilberto e Paulinho da Viola.
