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Cidade

Jica e governo federal visitam áreas atingidas pelas chuvas de 2011 e 2013

Foto: Evaldo de Carvalho Macedo

Nesta semana teve início a cooperação entre Brasil e Japão para a redução de riscos de desastres naturais em Petrópolis e nesta última quarta-feira (13), representantes da Jica (Agência de Cooperação Internacional do Japão) e do governo federal visitaram regiões de Petrópolis que foram atingidas pelas chuvas de 2011 e de março de 2013. A comitiva também foi acompanhada por técnicos da Secretaria de Proteção e Defesa Civil. Assinado no mês passado em Brasília, o convênio entre Brasil e Japão para a redução de desastres naturais em Petrópolis, Nova Friburgo e Blumenau (SC) irá durar quatro anos.

Neste primeiro ano, técnicos da Jica e dos três ministérios envolvidos – das Cidades, da Integração e de Ciência e Tecnologia – conhecerão a realidade dos três municípios. Durante a visita, um geólogo da Defesa Civil explicou à comitiva as características do solo e das ocupações das encostas de Petrópolis que causaram os recentes deslizamentos na cidade.

A comitiva visitou pela manhã a Rua Otto Reymarus, no Lagoinha; a Vila São Joaquim e a Rua Minas Gerais, no Quitandinha; e o Caminho do Imperador, no Independência, onde houve mortes no dia 17 de março deste ano. À tarde, os representantes da Jica e do governo federal foram ao Vale do Cuiabá, região atingida pelas tragédias das chuvas de 12 de janeiro de 2011.

Diretor de Políticas de Acessibilidade e Planejamento Urbano do Ministério das Cidades, Yuri Rafael Della Giustina, afirmou que a escolha dos três municípios brasileiros se baseou no histórico de desastres naturais e na capacidade administrativa desses locais em dar uma resposta a esses problemas.

Os objetivos da parceria são o fortalecimento da cultura de prevenção em Petrópolis e o compartilhamento entre os dois países de experiências e tecnologias de monitoramento, prevenção e alerta. Em maio de 2014, técnicos brasileiros serão capacitados pela Jica. Ao fim dos quatro anos do convênio, serão produzidos manuais com orientações para planejamento urbano, reconstrução de áreas atingidas por desastres naturais e emissão de alertas preventivos.

O chefe da equipe japonesa, Toshiya Takeshi, afirmou que o Japão poderá contribuir para a redução de riscos em Petrópolis. “O Japão tem experimentado desastres de sedimentos. Nós acreditamos que esta parceria será uma oportunidade para o Brasil conhecer outros trabalhos no trato de riscos”, disse.

Dentre as ações para redução de desastres naturais em Petrópolis, já foram instalados cerca de 80 pluviômetros no município, permitindo o acompanhamento das chuvas em tempo real. Além disso, mais de 300 voluntários da Defesa Civil já foram capacitados. Eles atuarão como elo entre as comunidades e a Secretaria de Proteção e Defesa Civil. Nos últimos meses, agentes da Defesa Civil e de outras secretarias municipais que atuam em tragédias das chuvas também passaram por cursos gratuitos de capacitação.

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