Durante reunião da Comissão Especial das Chuvas, realizada nesta última terça-feira (11), esteve em pauta a situação dos terrenos para a construção das unidades habitacionais no Vale do Cuiabá, as obras realizadas na calha dos rios e o despejo de esgoto in natura no mesmo, a segurança e o sistema de drenagem das casas populares do Condomínio Marília Cápua, e a questão dos parques fluviais que serão construídos pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
A assessora da Comissão, a engenheira Rafaela Facchetti fez uma apresentação de slides mostrando que algumas pedras já estavam desmoronando dentro do rio, além de um número grande de cascalhos que se encontravam entre pedras maiores, e o aumento do assoreamento com apenas uma chuva pequena que havia ocorrido na região. Também foi discutida a necessidade de maior segurança ao talude, com a instalação de para-raios, a ausência de transporte público no local e a abusiva taxa de água e esgoto que está sendo cobrada nessas habitações populares.
O representante do Inea, Walter Martins Junior, informou que aquele desmoronamento das pedras era normal e já havia sido previsto na construção; e que o assoreamento era provisório e que ele mesmo já havia solicitado que fizessem um reforço. Walter também explicou os aspectos técnicos do sistema de drenagem das casas populares para os membros da Comissão. Outro tópico discutido foi a obra realizada na calha do Rio Santo Antônio. Houve uma preocupação dos participantes para que não haja um assoreamento do leito, já que pedras rolaram para o interior do mesmo e pode existir um represamento quando ocorrer uma incidência de chuvas mais fortes. “A obra precisa de um tempo para que ocorra uma estabilização de todo material empregado. Após esse período temos como observar a necessidade de correções”, concluiu.
A obra dos Parques Fluviais também entrou na pauta de discussões. A representante do Ministério Público do Rio de Janeiro, Zilda Beck, solicitou a realização de uma Audiência Pública promovida pelo Inea para dar ciência à população sobre os projetos relacionados à construção dos mesmos.
Os representantes do Inea informaram que dependem da liberação da Caixa Econômica Federal para a realização da segunda parte das obras, que englobam a construção dos parques, que tem previsão para começar em um prazo de até dois meses.
O presidente da Associação de Moradores do Vale do Cuiabá, José Quintella, destacou que os moradores das casas populares solicitaram a colocação de divisórias entre os imóveis construídos e também a melhoria do sistema de drenagem.
A próxima reunião da Comissão está prevista para o dia 18 de março. Participaram da reunião os representantes da Frente Pró-Petrópolis, André e Inês Carvalho; a bióloga Helena de Freitas; o representante da Águas do Imperador, Edison Rodrigues; os representante do Ecobrapa/Inea, Andreza Silva e Claudio da Cunha Bastos; o representante do gabinete do vereador Maurinho Branco, Ubyrajara Costa e a representante do Centro Alceu Amoroso Lima, Janaina Moebus.
