Em visita à Comunidade do Borges, no Vale do Cuiabá, a Comissão Especial de Acompanhamento das Chuvas de 2011 viu que a localidade abriga uma vila de casas edificadas dentro de uma faixa marginal de proteção, onde as margens estão em processo avançado de erosão, o que está diminuindo o espaço entre as casas e o rio. Os moradores vivem no local há mais de 20 anos.
Na época do desastre das chuvas de 2011, das 21 casas da localidade, sete foram arrastadas pela chuva. As principais reclamações de quem vive na comunidade giraram em torno do corte do aluguel social, a instabilidade e o perigo que ainda existe na localidade, e a falta de respostas sobre os cadastros realizados durante os últimos dois anos.
“A situação dos moradores é muito complicada. Grande parte está vivendo sem o mínimo de condições. Vamos ajudar essas famílias que ficaram esquecidas e cobrar das entidades responsáveis alguma solução concreta”, afirmou o vereador Silmar Fortes.
Algumas edificações foram marcadas como área verde e outras possuem laudos de interdição expedidos pela secretaria de Defesa Civil e Proteção. Porém, a maioria das pessoas alega que os seus nomes não constam em nenhum cadastro para negociação com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O órgão estadual informou que todos os moradores estão fora da área de atuação, já que se encontram dentro de uma propriedade particular.
O vereador Silmar Fortes e a promotora Zilda Beck também visitaram o condomínio Marília Cápua e ouviram que muitas pessoas que foram beneficiadas não precisariam do imóvel, pois ainda recebem aluguel social. Outras usam as casas esporadicamente e oito imóveis ainda não foram ocupados. Ainda falta uma solução para a instalação do para-raios e a definição da administração do condomínio.
“Encaminharemos essas demandas e denúncias dos moradores aos órgãos competentes. Na próxima reunião no dia 15 de abril, cobraremos as respostas necessárias”, completou o vereador
