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Coluna Literária

[Coluna literária] Cinco casais marcantes da literatura

Ahhh o Dia dos Namorados! Para os apaixonados, é mais um motivo de celebração; já para os solteiros, pode ser uma data emotiva; e para os mais rabugentos, é “apenas um pretexto para movimentar o comércio”. Porém, independente de você ter um par ou não, é difícil fugir completamente do clima de “love’s in the air” deste dia (excetuando este ano que com o início da Copa do Mundo, até que ficou mais fácil…).

Para as leitoras ávidas por romance, também é inevitável não pensar nos casais da literatura que arrancaram tantos suspiros e acabaram se tornando modelos de romances ideais para tantas mulheres. Mas como não existe um romance perfeito na vida real, a gente se consola com os da ficção…

Assim, abaixo citei os casais, que ao meu ver, são os mais marcantes do mundo literário:

Keira Knightley e Matthew Macfayden em “Orgulho e Preconceito” (Foto: Divulgação)

1) Elizabeth Bennet e Mr. Darcy – Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Atire a primeira pedra quem nunca sonhou com um Mr. Darcy, após ter lido esta obra-prima de Austen ou ter visto uma das adaptações para o cinema! Ambientado na Inglaterra do final do século XVIII, numa sociedade em que as possibilidades de ascensão social eram limitadas para uma mulher sem dote, também se percebe na obra uma crítica sutil à futilidade das mulheres da época, sendo Elizabeth Bennet, um contraponto a isso.

Lizzie é esclarecida, determinada e cheia de convicções. Já Fitzwilliam Darcy é perfeito até em suas imperfeições. Seu jeito arrogante, sério e “orgulhoso”, aos poucos vai dando lugar ao seu lado mais romântico, quando se apaixona pela impetuosa Elizabeth Bennett, que antes ele desprezava justamente por causa de seu temperamento.

 

Juliette Binoche e Ralph Fiennes na adaptação de O Morro dos Ventos Uivantes, de 1992 (Foto: Reprodução)

2) Heathcliff e Catherine – O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë

Resumindo a história em uma frase, pode-se dizer que é um romance entre dois anti-heróis, iniciado na infância, que transcende a vida.

Heathcliff está longe de ser o cavalheiro educado e perfeito da maioria dos romances, e Catherine também foge completamente do padrão da mocinha, sendo manipuladora e até interesseira. Mas o casal mostra que mesmo que não estejam juntos fisicamente, e diante de todos os obstáculos que cada um enfrenta, o que um sente pelo outro vai além da morte.

É provavelmente um dos relacionamento mais intensos da literatura e, talvez, também seja por isso que é tão fascinante.

(E sim, é o livro preferido do casal Bella e Edward, de Crepúsculo)

Mia Wasikowska e Michael Fassbender na adaptação de Jane Eyre, de 2011 (Foto: Reprodução)

3) Jane Eyre e Mr. Rochester – Jane Eyre, de Charlotte Brontë

A órfã Jane Eyre, maltratada a vida inteira, cresceu num colégio para moças, onde se torna professora. Mais tarde, ela vai trabalhar como governanta na casa do taciturno Mr. Rochester, por quem se apaixona. Porém, o romance dos dois é dificultado por um segredo do passado dele, que vai afetar a vida dos dois.

É uma linda história, com um quê de tristeza. Pelo visto, as irmãs Brontë não eram fãs do “final feliz” tradicional… (Ainda bem!)

Elizabeth Taylor e Richard Burton na adaptação de A Megera Domada, de 1967 (Foto: Reprodução)

4) Catarina e Petruchio – A Megera Domada, de Shakespeare

A história, que inspirou releituras como o filme “10 coisas que eu odeio em você” e a novela “O Cravo e a Rosa”, traz um dos casais mais briguentos e divertidos de Shakespeare. Catarina é uma mulher de gênio forte, que não pretende se submeter a homem nenhum e devido à sua língua ferina, afasta todos os seus pretendentes. Já Petruchio é um grosseirão que vai fazer de tudo para casar com Catarina por causa de seu dote.

O choque entre dois mundos é retratado de uma forma engraçada e os “arranca-rabos” do casal, típicos da vida conjugal, permanecem atuais.

Além disso, desde aquela época, Shakespeare já mostrava que para que um relacionamento dê certo, alguém tem que ceder…

Anne Hathaway e Jim Sturgess na adaptação de Um dia, de 2011 (Foto: Reprodução)

5) Dexter e Emma – Um Dia, de David Nicholls

Estava faltando um casal mais atual, né? Então escolhi Dexter e Emma que protagonizam um dos melhores romances que li nos últimos anos. Pela primeira vez, podemos acompanhar a história de um casal ao longo dos vinte anos seguintes ao momento que se conheceram, com flashes do relacionamento que são narrados a cada ano, sempre no dia 15 de julho.

Disputas e brigas, esperança e oportunidades perdidas, risos e lágrimas. Assim é a vida dos personagens (e as nossas também). Por isso é interessante perceber como a vida pessoal e profissional vai mudando, assim como o modo de pensar e as ideologias de cada um também. São nesses momentos que o livro nos faz refletir, já que acompanhamos a maturidade de cada um. O “antes”, o “agora” e o “depois.

Acabando com a ideia de um “felizes para sempre”, Emma e Dexter mostram que o amor “é eterno enquanto dura”.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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