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Entrevistas

“É um orgulho vir para Petrópolis, a terra do Away, do Hermes e Renato, do Bruno Sutter”, diz Paulinho Serra

Foto: Divulgação

Casa cheia e muitas risadas: foi assim que Paulinho Serra foi recebido pelos petropolitanos na noite de sexta-feira (13), no Theatro Dom Pedro.

Com o espetáculo “Paulinho Serra em pedaços”, o  “ator que faz humor”, como ele mesmo se classifica, fez um pouco de stand-up e  apresentou alguns personagens, como o famoso “traficante gay”, e tudo isso num clima bem descontraído, como se fosse um bate-papo. Os assuntos foram os mais variados possível: ele fala de sua história de vida, menciona alguns programas de TV que assiste, e discorre até sobre o saco (sim, você leu direito, é aquilo mesmo que você está pensando), isso sem contar nos assuntos que podem surgir no decorrer do show, já que ele também se mostra muito habilidoso na arte da improvisação.

Criador da extinta Cia. de humor DEZNECESSÁRIOS e com um vasto currículo que inclui programas de TV, participações em peças, novelas e filmes, Paulinho Serra bateu um rápido bate-papo com o Acontece em Petrópolis, onde falou das suas impressões sobre Petrópolis, a Copa do Mundo e seus projetos para este ano. Confira:

AeP: Como você gosta de futebol e estamos em plena Copa do Mundo, o que achou da estreia do Brasil?

Paulinho: Esperava mais… Foi aquele jogo sofrido, aquela coisa do Brasil, mas não sou muito bom p/ falar disso. Eu espero do Brasil mais coisas que só futebol, por isso que a minha seleção é o Flamengo, mas é claro que estou torcendo pelo Brasil.

AeP: E o traficante gay, o que ele diria do jogo e da abertura?

Paulinho: Que eles ficaram de “miserinha”, deram mole, levaram aquela bola nas costas, uma coisa que o traficante até gosta (risos), mas o importante é que quem meteu primeiro foi o Brasil.

Quanto a abertura, eu já vi malabarista de sinal mais interessante do que aquilo. Eu me lembro que fiz um espetáculo infantil, quando eu tinha sete anos, que era mais maneiro que aquela abertura. Achei pobre, aquele chão horroroso, poucas pessoas…

AeP: E da cidade, o que acha de Petrópolis?

Paulinho: Eu venho à cidade desde pequeno porque meus pais vendiam cerâmica de Itaipava. Aqueles galos de cerâmica, que até hoje eu fico me perguntando “p/ que compram um galo de cerâmica?”, mas vendia muito…  (risos) Eu também adoro aqueles biscoitos amanteigados da Casa do Alemão! E aqui, nesse teatro, é um orgulho, artisticamente falando, é a terra do Away, do Hermes e Renato, do Bruno Sutter lá do Amada Foca (conheça o canal deles do youtube aqui)… Petrópolis é um orgulho muito grande p/ quem é carioca, ainda mais p/ quem nasceu em Bangu (risos).

AeP: Alguma vez você já fez um improviso que não deu certo?

Paulinho: Eu estou aqui p/ viver uma situação com a plateia, para que minha apresentação seja verdadeira, não seja monocromática, não seja linear. Minha apresentação nunca é igual a outra, até porque eu nunca escrevi o meu texto no papel, p/ não cristalizá-lo. Eu tenho um agrupamento de pensamentos na minha cabeça que eu vou lá e falo, então, muitas vezes, saem coisas que eu não planejei. É como numa conversa, o legal do meu show é que eu bato um papo realmente.

AeP: E você já foi criticado pelos politicamente corretos?

Paulinho: Algumas vezes já, mas eu estou me lixando porque a pessoa que dá ouvido e credibilidade p/ um comediante, acaba com o argumento dela aí. É CO-MÉ-DIA! A comédia é você trabalhar o surreal, é uma brincadeira. Então, quando o Rafinha Bastos fala que “come ela e o bebê”, ele não defende aquela ideia, ele fez uma piada, que ele acha tão absurda que é engraçada p/ ele. As pessoas levarem a sério o que um comediante fala é uma realidade triste porque a gente vive num país, em que os candidatos a governador do Rio de Janeiro só tem comediante: tem o Garotinho, que é uma pessoa completamente falha; tem o Crivella que mistura religião com política, todo errado; enfim…

AeP: Para finalizar, quais os seus projetos p/ esse ano?

Paulinho: Em outubro, eu estreio o filme “Super pai” que eu fiz com o Kibe Loco, Dani Calabresa, Danton Mello, em que eu faço um bandido que mora com a mãe. Também participo de “Um homem Só”, com o Vladimir Brichta, Mariana Ximenes, em que fiz uma cena que eu não tenho fala, eu só choro compulsivamente. Também tem um espetáculo que eu fiz com o Rodrigo Sant’Anna, chamado “Retratos e canções”, que o texto inteiro é pedaço de letra de música.

No final do ano, estreio, em Berlim, o “Mundo Cão”, um filme do Marcos Jorge, com o Lázaro Ramos, Babu Santana e Adriana Esteves, além de um seriado na Fox, “Na Mira do Crime”, ainda sem data de estreia, em que faço um matador de prostitutas.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.

2 Comentários

  1. Claro que é muito bom curtir Petrópolis rsrs

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