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História

[História] Tem um obelisco no meio da cidade… No meio da cidade, tem um obelisco

Créditos das imagens: blog História versus Histórias e blog Ideias rascunhadas

por Luis Felipe Hammes

Ao passarmos no Centro Histórico, é inevitável não avistarmos o Obelisco bem no meio da Rua do Imperador, por seu tamanho e por sua posição em especial. Porém, a origem do Obelisco e os sobrenomes que estão marcados em suas placas nem sempre são conhecidos.

Passando por uma breve análise, as placas são gravadas com os nomes das famílias que colonizaram Petrópolis durante meados do século XIX, mas o próprio Obelisco foi elaborado e terminado mais de um século após o Decreto Imperial nº 155, de 16 de março de 1843, que estabelecia nessa região, oficialmente, a “Povoação-Palácio de Petrópolis”.

Já a construção do Obelisco foi devido a um projeto urbanístico em 1955, idealizado por Flávio Castrioto, então prefeito da cidade de Petrópolis, que visava homenagear os colonos pioneiros na cidade, além de arquitetar a visão de uma cidade moderna.

Polêmicas foram levantadas na época pela modernização de Castrioto com o argumento de que isso descaracterizaria a imagem de Cidade Imperial de Petrópolis, pois era um atributo particular da cidade em relação às outras.

Apesar disso, o Obelisco teve suas obras iniciadas em 1955 e terminadas em 1957, causando, até mesmo naqueles que repudiavam as ações modernizadoras do prefeito, um ar de empatia e, por parte das famílias originárias dos colonos, um sentimento de gratidão por ter, bem ali no centro da cidade, sobre a colonização europeia, “um monumento que também era documento”, como reafirmaria um de nossos maiores historiadores, Jacques Le Goff (1º de janeiro de 1924 – 1º de abril de 2014).

Obs.: em 1957, completavam-se 100 anos desde a finalização da construção do Palácio Imperial, cuja construção foi ordenada no mesmo decreto de 16 de março de 1843, data que continua a ser festejada como a da fundação de Petrópolis. E, em 1847, foi aperfeiçoada a estrutura governamental da cidade para “Colônia Imperial”, a fim de comportar melhor as levas de imigrantes que chegavam.

Luis Felipe Hammes de Mello Campos é graduando em História pela Universidade Federal Fluminense.

Bibliografia:

SILVEIRA FILHO, Oazinguito Ferreira da. EM TEMPOS DE RODOVIÁRIA. Tribuna de Petrópolis, Petrópolis, 21 dez. 2005.
ADÃO, Claudionor de S. Como nasceu e cresceu Petrópolis. A Noite. Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1957.
LE GOFF, J. Por amor às cidades. São Paulo: Unesp, 1998.
GIDDENS, A. As consequências da modernidade. São Paulo: Ed. Unesp, 1991.

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