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Política

Comissão de Saúde debate situação das UPAs

Na última quarta-feira (2), a Comissão de Saúde da Câmara Municipal promoveu uma reunião para discutir os constantes problemas relatados pela população relacionados às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

O primeiro tópico abordado foi o número de médicos que compõe as unidades médicas. Os coordenadores das UPAs responderam que o quadro é composto por quatro profissionais médicos na parte da manhã e na parte da noite são três clínicos, além de três pediatras.

O promotor Vinicius Ribeiro e os vereadores Anderson Juliano e Silmar Fortes questionaram o número efetivo dos profissionais que estão realmente trabalhando, principalmente durante os finais de semana, já que o número de matérias na imprensa denunciam que existem problemas com as unidades.

Ricardo Patuléa, diretor de RH da Secretaria de Saúde, disse que o governo municipal tem procurado a Cruz Vermelha para solucionar os problemas recorrentes e que em nenhum momento as UPAs ficaram sem médicos. Ele também informou que haverá na unidade de Cascatinha um quarto médico que fará as visitas diárias para tentar desafogar os leitos e melhorar o fluxo de trabalho da unidade.

O vereador Silmar também questionou se a portaria que rege as UPAs é cumprida pelo município. Patuléa destacou que em Petrópolis existe um número maior do que o preconizado pela deliberação.

Durante a reunião, a representante do Conselho Municipal de Saúde, Márcia Tinoco, reforçou que por mais de uma vez, não havia nenhum médico na UPA do Centro. “Tenho o dia e o horário que fiz a visita na unidade e constatei que não tinha médico na UPA”, disse. O promotor Vinicius Ribeiro corroborou com a informação e disse que um médico repassou que essa informação era verídica, lembrando que o maior termômetro da situação da UPAs são as reclamações sistemáticas da população em matérias jornalísticas divulgadas pelos meios de comunicação.

Patuléa rebateu as afirmações ao afirmar que em certos fatos existe um exagero e que nunca houve falta total de médicos. Ele ainda disse que as questões pontuais de funcionários que disseram que não havia profissional para atender estão sendo levantadas em uma sindicância feita pelo governo.

A questão dos repasses para o financiamento das UPAs e os salários dos médicos foi outro ponto levantado no encontro. Foi informado que a União repassa R$ 250 mil, que o Estado financia R$ 400 mil e o município entra com R$ 450 mil. Também foi explicado que os salários dos médicos das UPAs e do Sehac foram igualados. Outro tema abordado foi o atraso no repasse do Estado, que passa de três meses, e que significa um déficit de mais de R$ 2 milhões.

O vereador Silmar Fortes perguntou sobre a taxa de financiamento repassado à Cruz Vermelha. Os membros do governo informaram que a taxa é de aproximadamente 5%, o que corresponde a quase R$ 100 mil.

O presidente da OAB, Antonio Machado, ressaltou que o município deve rever a questão do modelo de gestão das UPAs, para que não haja a recorrência dos problemas que aparecem sempre na mídia da cidade. Patuléa esclareceu que existem estudos para essa mudança, mas que é necessária uma preocupação com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

A próxima reunião está marcada para o dia 5 de agosto, e será realizado na Câmara Municipal.

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