Publicidade Concer: Passarelas
Publicidade Concer: Passarelas
Saúde

A importância de higienizar os alimentos

Ao falarmos de alimentação saudável, normalmente a maior preocupação é em relação aos nutrientes e a quantidade de calorias. Contudo, a higiene dos alimentos também é essencial para prevenir doenças e manter a saúde em dia.

“A falta de higienização correta dos alimentos aumenta o risco de DTA, (doenças transmitidas por alimentos). As mais comuns são contaminações por bactérias, vírus, parasitas ou fungos”, esclarece a nutricionista Juliana Schaefer, ressaltando que isso acontece devido à falta de higienização das mãos, utensílios e equipamentos, exposição dos alimentos a temperaturas inadequadas, cozimento insuficiente, cruzamento entre alimentos crus e cozidos, especialmente na arrumação da geladeira.

“O principal problema em não higienizar corretamente os alimentos são as contaminações fecais orais. Elas causam diarreia, vômito e febre em alguns casos”, explica o infectologista Dr. Antônio Luiz Gonçalves. Segundo ele, uma infecção viral comum, no caso de alimentos contaminados por fezes, é a Hepatite A. Na maioria das vezes, as infecções ocorrem devido ao não tratamento da rede de esgoto e a manipulação inadequada de alimentos. Por isso, o infectologista afirma que “é imprescindível a utilização de água tratada e a higienização das mãos após ir ao banheiro ou trocar fraldas e antes de manusear qualquer item alimentício”.

Além das enteroviroses (vírus que causam diarreia), também há as gastroenterites bacterianas, que têm sintomas similares e, em casos mais graves, faz-se necessário o uso de antibióticos. Diarreias intensas e vômitos são sinais de contágio, que podem causar desidratação e exigir a hidratação venosa e até mesmo internação hospitalar.

Não basta limpar aquelas sujeirinhas visíveis. Os verdadeiros vilões estão bem escondidos e precisam de táticas especiais para serem removidos. Ações simples, como lavar as mãos antes de manipular os alimentos, são capazes de inibir a multiplicação de microorganismos causadores de doenças.

“Ao adquirir qualquer alimento, deve-se sempre observar suas características, (sabor, aroma, aparência e padronização), bem como sua procedência, validade, a presença de selos e certificações (quando for o caso)”, recomenda Juliana, lembrando que alimentos frescos (frutas, verduras, legumes) ou os que precisam ser mantidos refrigerados (carnes e laticínios) merecem maior atenção.

Os alimentos que são consumidos in natura, ou seja, não passam por nenhum processo de cozimento também precisam de cuidados especiais. Uma dica é deixar verduras, legumes e frutas de molho no cloro, a única substância recomendada pelo Ministério da Saúde. A forma de armazená-las também precisa ser observada. Ao chegar das compras, retire as embalagens, coloque em sacos limpos e abertos para permitir sua respiração e deixe por duas horas na parte menos fria da geladeira (gaveta). Após, deve-se lavar folha por folha e fruta por fruta, sempre na água corrente, e deixá-los de molho por 15 a 20 minutos”, detalha a nutricionista.

Para os demais alimentos, cozinhar bem é sempre uma maneira de evitar infecções. O armazenamento em local e temperatura adequados e a higienização dos utensílios de cozinha são outras precauções importantes.

Como organizar corretamente sua geladeira

A presença de microorganismos nocivos à saúde está por toda parte, inclusive na geladeira. Por isso, o armazenamento correto dos alimentos é importante para manter a comida longe das bactérias e para conservar nutrientes pelo maior tempo possível.

 “Guardar os alimentos separados uns dos outros é importante para que não haja contaminação cruzada”, recomenda a nutricionista Juliana Schaefer. Ela ressalta ainda o cuidado com o tipo de recipiente usado e se este está totalmente limpo e vedado. “No caso das carnes é melhor congelar em porções individuais e após cozidas, devem ficar no congelador por no máximo três dias”, explica. Os ovos devem ser armazenados sob refrigeração (4 a 8ºC). A higienização (lavagem e desinfecção) pode ser feita antes de sua utilização.

As folhas devem ser armazenadas sob refrigeração por, no máximo, três dias. Frutas e legumes, em temperatura ambiente. Caso a fruta já esteja cortada, é recomendado que ela fique sob refrigeração em recipientes de vidros. Vale ressaltar que os alimentos devem ser congelados por no máximo 90 dias e, uma vez descongelados, não devem ser congelados novamente.

E o que fazer com os alimentos que sobraram das refeições? Juliana afirma que eles podem ser armazenados logo após o término da refeição, reduzindo o risco de contaminação com outros alimentos, mas lembra que o ideal é que o recipiente seja sempre de vidro e não de plástico. “Quando quentes ou congelados os alimentos em contato com os plásticos estimulam a liberação de toxinas desse material, como o bisfenol A”, esclarece. O uso de papel de alumínio e filme plástico não é recomendo, pois possuem metais e substâncias que podem migrar para o alimento. “O ideal é embalar em papel manteiga”, finalizou.

 

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização ([email protected]).