Quando li a sinopse de “Se eu ficar”, logo imaginei uma versão dramática de “E se fosse verdade” (aquele filme com a Reese Witherspoon e o Mark Ruffalo), já que ambos tratam de uma mulher em coma com uma experiência “extracorpórea”. Porém, na obra de Gayle Forman, ao contrário do filme, Mia não consegue interagir com ninguém, sendo apenas uma espectadora que, após um acidente em que toda sua família morre, tenta decidir se fica ou se segue com eles.
A narrativa é intercalada por flashbacks de Mia antes do acidente, onde conhecemos sua relação com a sua família, com a música clássica (ela é violoncelista), com sua amiga Kim e com seu namorado, Adam. Trata-se de um livro romântico, já que o principal motivo de sua dúvida, quem mais “a prende aqui”, é Adam.
A história é até boa, mas poderia ter sido melhor explorada, até para nos apegarmos mais aos personagens.
Na verdade, uma história dramática como essa deveria ter pelo menos uma parte arrasadora, para arrancar lágrimas mesmo e se tornar inesquecível. No entanto, pelo menos ao meu ver, não é isso o que acontece, e a obra acaba sendo mais uma entre tantas, sem nada para se tornar memorável.
Contudo, entretanto, todavia, o primeiro capítulo de “Para onde ela foi”, narrado pelo Adam, disponível no final do livro, tem tudo para ser mais empolgante. Aguardemos!
A obra foi adaptada para o cinema e a estreia no Brasil está prevista para setembro. Confira o trailer:
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