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Cinema

Crítica: Os Mercenários 3 (2014)

Sylvester Stallone é um dos poucos artistas que conheço que precisa provar que é um cara legal em todo filme que faz. Todo mundo sabe seu gênero, seu estilo e seu modo de fazer filmes e mesmo assim há quem olhe pra ele com aquela cara de intelectual de faculdade para apontar defeitos. Acho anedótico, mas sempre que criticam o Stallone, proponho que a pessoa pense: tendo o roteiro de Rocky e Rambo sido escrito por ele, você o imagina por horas e horas na mesa escrevendo cada linha de seu filme? Pois então, este também é Stallone.

Os Mercenários 3, Patrick Hughes, é mais um filme em que a personagem Barney Ross precisa enfrentar Stonebanks, interpretado por Mel Gibson, que todos já pensavam que havia sido morto. No entanto, dessa vez Ross pretende enfrentá-lo sem sua antiga equipe, pois acha que os demais já cumpriram sua missão com ele. Assim, ele monta uma equipe de novatos, inclusive com Antonio Bandeiras, uma figura estranhíssima, e parte em busca de seu objetivo. Para variar, as coisas não são como se imagina.

É evidente que a narrativa não guarda tantos mistérios e tem sua fórmula desvendada rapidamente. O que é preciso destacar é o modo de criação de Stallone. Ele sabe criar seus personagens de forma a colocá-los sempre diante de um impasse: a moral ou a lei. A honra parece não se adequar de maneira alguma com o mundo oficial e todas as personagens sofrem por serem outsiders dentro da lógica americana. A lei é um mero contrato formal que exclui justamente as pessoas que são pagas com suas vidas e histórias para manter esse status da lei como é.

O filme é repleto de aventuras, explosões, velocidade, bombas desarmadas e lutas pela vida. É divertido e engraçado. É um bom entretenimento. Pode fazer pensar e pode não fazer pensar. Não importa. É Stallone do seu jeito, um dos maiores e mais interessantes cineastas. Vale a pena!

Os Mercenários 3 está em cartaz no Top Cine Hipershopping ABC, com sessões às 16h50 e 21h. A classificação é 14 anos.

luizLuiz Antonio Ribeiro Formado em Teoria do Teatro pela UNIRIO, mestrando em Memória Social na área de poesia brasileira e graduando do curso de Letras/Literaturas. É adepto da leitura, pesquisa, cinema, cerveja, Flamengo e ócio criativo. Em geral, se arrepende do que escreve. Facebook: http://www.facebook.com/ziul.ribeiro Twitter: http://www.twitter.com/ziul

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