Foto: Alex Dias
Nesta semana, uma leitora nos relatou que foi ao Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE) e não havia maca disponível para uma senhora que precisava se internar na unidade. O problema tem sido recorrente e foi, inclusive, relatado pelo candidato a deputado estadual, Alex Dias, e pela vereadora Gilda Beatriz em suas páginas no Facebook.
Após visita à unidade, Alex Dias verificou que as macas que precisavam de reforma continuam inutilizadas (vide foto que ilustra esta matéria). Já a vereadora Gilda Beatriz constatou que o Pronto Socorro não dispõe nem de corpo clínico nem de macas suficientes. “O Corpo de Bombeiros, ao levar um paciente para lá, ficou retido no hospital pois não podia retirá-lo da maca que o transportou sem que houvesse outra para substituí-la. Já outra paciente, com trombose, estava sentada em uma cadeira odontológica com as pernas para baixo! Casos como esses revelam a omissão do Poder Público. O corpo clínico do Pronto Socorro é insuficiente. Faltam enfermeiros e auxiliares de enfermagem, e ainda existem numerosos casos de afastamento por licença médica. Com isso, os profissionais de plantão ficam sobrecarregados, não podendo dar a atenção que gostariam”, relatou a vereadora.
Após a ida ao HMNSE, a vereadora encaminhou a denúncia ao Ministério Público e à Defensoria Pública. “Estive reunida na quarta-feira (17) com a promotora de Justiça, Sandra Torres Melo e as defensoras públicas, Marília Pimenta e Andrea Carius. Tanto o MP quanto a Defensoria, militantes há muito pela melhoria da saúde no município e conhecedoras que são dos diversos problemas, encaminharam em conjunto, uma série de recomendações ao prefeito e ao secretário de Saúde, com base nas minhas denúncias. Irão também instaurar os respectivos inquéritos civis no âmbito de suas instituições. Espero que essa união de forças faça com que o Poder Executivo reveja a forma com que está tratando a saúde dos nossos munícipes”, concluiu.
Já um outro leitor nos enviou fotos das condições precárias do teto da recepção do HMNSE e disse ainda que o reparo está sendo realizado em meio aos pacientes.
Em nota, a secretaria de Saúde lembrou que o Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE) passa por obras e destacou que as intervenções foram iniciadas pela ampliação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que passará de sete para dez leitos. Também serão reformados os setores de psiquiatria, a Clínica de Reabilitação de Adultos (CRA), a lavanderia, o refeitório e a cozinha (que também serão ampliados), a sala de raio X, a rouparia, expurgos, banheiros, laboratório, telefonia e salas de descanso da equipe médica e de enfermagem. A parte externa receberá uma nova pintura e revisão das esquadrias.
O HMNSE conta com 78 leitos e, só no setor de emergência, atende em torno de 400 pessoas por dia. A equipe de plantonistas é composta por nove médicos – sendo seis clínicos, dois ortopedistas e um psiquiatra – e um dentista.
A prefeitura reafirmou seu compromisso de melhorar sempre o serviço prestado na área de saúde à população e informa que possíveis transtornos causados pela reforma do HMNSE serão temporários e compensados com a total reestruturação dos espaços da unidade de saúde, que há muitos anos necessita de melhorias e investimentos para melhor atender aos cidadãos.
