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Coluna Literária

[Coluna literária] “Nada” – Janes Teller

“Nada importa”. A simples constatação de algo tão óbvio, quando dita por Pierre Anthon, causa uma indignação tão grande, que acarreta num desespero em seus colegas de classe, que vão fazer de tudo para provar que ele está errado.

Afinal, admitir que o colega estivesse certo, seria admitir que, de fato, a vida de nenhum deles fazia sentido. Então, os colegas se juntam para organizar uma “pilha de significados”, onde cada um tem que contribuir com algo que seja muito importante para si. No início, a pilha conta com objetos como uma coleção de livros, um par de sandálias, uma vara de pescar, até que vai evoluindo para coisas mais sérias, tornando-se uma pilha doentia e macabra.

O desespero para provar que a vida tem sentido faz com que esses adolescentes façam coisas impensáveis só para provar um ponto e, neste processo, vão perdendo não só a fé, como seus próprios valores que antes lhes eram tão importantes.

Cru e atordoantemente real, “Nada” nos faz pensar em tudo (com o perdão do trocadilho) e incomodamente, Janne Teller nos faz refletir sobre o sentido de nossas próprias vidas.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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