Publicidade Concer: Resposta às chuvas em Petrópolis
Publicidade Concer: Resposta às chuvas em Petrópolis
Cinema

[Crítica] Indicados ao Oscar 2015 – categoria de Melhor Filme


Deprecated: preg_split(): Passing null to parameter #3 ($limit) of type int is deprecated in /home/wwacon/public_html/wp-content/themes/jannah/framework/functions/post-functions.php on line 805

Carnaval acabou e o horário de verão também já vai chegando ao fim, no mesmo dia em que ocorre a mais importante premiação do cinema: o Oscar.

De uns anos para cá, criei o hábito de assistir aos indicados antes da cerimônia para ver se minhas apostas estão certas. Infelizmente, como os filmes demoram a estrear em Petrópolis e quando finalmente chegam, na maioria das vezes as cópias são dubladas, nem todos eu pude ver nas telonas. Porém, mesmo assim resolvi então comentá-los abaixo. Vamos lá!

Embora não tenha visto os outros indicados na categoria “Melhor filme estrangeiro”, acredito que dificilmente algum supere o argentino “Relatos Selvagens“, de Damián Szifron. O filme conta com seis histórias que mostram a linha tênue que separa a civilização da barbárie, beirando ao tragicômico. Você simplesmente não sabe o que esperar numa próxima cena, é bem surpreendente e, por vezes, engraçado. Quem quiser vê-lo, ele ainda está em cartaz na Livraria Cine Itaipava, com sessão às 19h10.

Quanto aos indicados na principal categoria, a de “Melhor filme”, infelizmente “Boyhood” só ficou em cartaz em Petrópolis durante uma semana. Porém, quem não conseguiu assistir neste breve período, procure-o depois. O filme é bonito e o mais bacana, e a provável razão de ter sido indicado, é acompanhar o crescimento de Mason ao longo de de 12 anos, da infância à juventude, analisando sua relação com os pais e como ele vai amadurecendo. Acredito que vença a principal categoria da noite.

Com previsão para estrear em breve em Petrópolis, o mais diferente da categoria é “Birdman“. O filme mistura fantasia e realidade, com algumas cenas memoráveis e um final a la “Cisne Negro” (indicado em 2011). Acredito que vença na categoria “Roteiro Original”.

Sniper Americano“, que também deve entrar em cartaz em breve por aqui, preenche a cota de “filme de guerra onde os americanos são heróis” entre os indicados, além de ser baseado em fatos reais, o que a Academia adora. É um bom filme e a atuação de Bradley Cooper justifica sua indicação como “Melhor Ator”.

https://www.youtube.com/watch?v=CJ74sc-NESA

Substituindo “Foxcatcher” entre os oito indicados, “Selma” também é a cara da Academia, mais ou menos como foi “12 anos de escravidão” no ano passado (que inclusive foi o grande vencedor da noite). O filme, também baseado em fatos reais, conta a história de ninguém menos que Martin Luther King acompanhando as marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma até Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana. Um filme bem comovente, além de ser uma aula de história!

Uma curiosidade é que manifestantes daquela época participaram das cenas das marchas que, particularmente, achei as mais bonitas do filme. Também é bacana ressaltar que a produção do filme é de Oprah Winfrey, que também atua no longa. Ela manda muito bem, foi uma grata surpresa!

https://www.youtube.com/watch?v=5DTWvCuS6-s

A excentricidade do diretor Wes Anderson deu certo mais uma vez, rendendo diversas indicações com “O Grande Hotel Budapeste“. A história se passa no período entre as duas guerras mundiais, quando o famoso gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortuna de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX.

Inspirado nas obras “O mundo que eu vi” e “Cuidado da cidade”, de Stefan Zweig, o filme inclusive mostra “Petrópolis, 1942” nos créditos, ano em que o autor cometeu suicídio na cidade, junto com sua mulher.

Sabe aquele filme que você não tem expectativa nenhuma e acaba se surpreendendo? Então, é o caso de “Whiplash“. A história trata da relação entre Andrew (Miles Teller), um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e o  impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (J. K. Simmons), maestro da orquestra principal do conservatório de Shaffer, a qual Andrew consegue entrar.

O filme é ótimo, tenso, e me deixou na torcida pelo J.K. Simons na categoria “Melhor ator coadjuvante”.

Falemos agora de “A teoria de tudo“, a tocante história do brilhante Stephen Hawking com sua esposa Jane. Não tenho muito a dizer, a não ser que Eddie Redmayne tem que ganhar o Oscar por esse filme. Sério! Ele estava impecável ao interpretar um portador de esclerose lateral amiotrófica, sem beirar ao caricato em nenhum momento. Além disso, é um filme muito bonito.

Por último, mas não menos importante, “O jogo da imitação“, que foi o que eu mais gostei, até porque acho que não poderiam ter escolhido alguém mais apropriado do que Benedict Cumberbatch para interpretar Alan Turing, considerado o pai da computação moderna. Também baseado em fatos reais, o filme narra a tensa corrida contra o tempo de Turing e sua equipe no projeto Ultra para decifrar os códigos de guerra nazistas e contribuir para o final do conflito.

Além destes, também torço para Julianne Moore na categoria de “Melhor Atriz”, pela sua atuação no comovente “Para sempre Alice“, onde interpreta uma mulher com Alzheimer precoce.

Rosamund Pike também teve sua indicação merecida na categoria “Melhor Atriz” por “Garota Exemplar“, que é um adaptação bem fiel do livro de Gillian Flynn, o qual já escrevi em uma das minhas colunas literárias. Veja aqui.

Já “Foxcatcher“, também baseado em fatos reais (tô falando que a Academia adora essas histórias), vale pela atuação de Steve Carell e de Mark Ruffalo. Mas principalmente pela de Carell, que consegue se despir totalmente do sujeito cômico que estamos acostumados, e interpretar um sujeito soturno, esquisito, capaz de matar.

O Abutre“, que concorre em “Melhor roteiro original”, é excelente. Jake Gyllenhaal é um jovem determinado e desesperado por trabalho que descobre o mundo em alta velocidade do jornalismo sensacionalista em Los Angeles. Não deixa de ser uma reflexão e até crítica a respeito do que as pessoas gostam de saber, e o que a mídia faz para alimentar um público sedento por sangue.

Por fim, na categoria “Melhor Canção”, torço pela belíssima “Lost Stars”, que de tão boa, já teve até uma coluna sobre ela em nosso site. Confira aqui.

Mas quais são as apostas de vocês?


Deprecated: preg_split(): Passing null to parameter #3 ($limit) of type int is deprecated in /home/wwacon/public_html/wp-content/themes/jannah/framework/functions/post-functions.php on line 805

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização ([email protected]).