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Cidade

Caminhoneiros interditam rodovias federais para defender redução de tributos sobre o diesel

Foto: Sidnei Wilbert

Diversas rodovias federais do país vem registrando bloqueios realizados por caminhoneiros que defendem a redução de tributos sobre o diesel. Nesta última quarta-feira (25) mesmo, por volta das 18h, fecharam a BR-040 em Itaipava, na altura da Granja Brasil, no sentido Rio de Janeiro.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca, informou que os tributos que incidem sobre o diesel representam elevação de 70% nos custos do combustível. Ele acrescentou que não há possibilidade de solução para a crise sem a redução desse percentual.

Fonseca lembrou que os maiores impactos sobre o diesel são provocados pelo Programa de Integração Social (PIS) e pela Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

A principal queixa dos manifestantes são os recentes aumentos dos combustíveis, em especial do óleo diesel, mais usado em veículos de transporte de cargas. O aumento de R$ 0,15 por litro do diesel e de R$ 0,22 por litro da gasolina, fixado no início do ano para garantir o aumento do superávit primário do governo, foi repassado ao consumidor em 1º de fevereiro.

Segundo a entidade, ligada à Confederação Nacional do Transporte (CNT), o novo valor representa aumento de 5,75% no preço do diesel comum e de 5,43% no preço do diesel S-10.

“Há muito tempo estamos alertando o governo sobre a situação do transporte rodoviário. Entregamos reivindicações, por meio das quais informamos que, se não mexerem nos penduricalhos do óleo diesel, baixando ou retirando tributos que incidem sobre ele, a situação sairia de controle. Como eles não mexeram para garantir mais R$ 12 bilhões em arrecadação, deu no que deu”, explicou Fonseca. “Agora vai fazer o quê? Tabelar o frete? Se fizerem isso, será o fim”, afirmou.

Desta forma, governo, empresários e representantes dos caminhoneiros se encontraram para tentar encontrar solução para o problema dos bloqueios, que prejudicam o tráfego nas estradas e, consequentemente, o abastecimento de combustíveis e alimentos em alguns pontos do país.

Na avaliação dos sindicalistas, as manifestações que estão ocorrendo em diversas rodovias federais representam um movimento natural da categoria, após tanto tempo sem ter reivindicações atendidas. Apesar de não ter participado da reunião, por motivos de credenciamento, o representante do Comando Nacional do Transporte, Ivar Luiz Schimidt, diz representar lideranças de 100 dos 128 pontos de manifestações. De acordo com a assessoria do ministro Rosseto, Schimidt se reunirá em outro momento.

Em entrevista concedida anteriormente, ele defendeu a redução imediata do preço do óleo diesel em R$ 0,50 até que seja definido um valor de frete mínimo para os caminhoneiros. O valor defendido pelo grupo, que se diz responsável pelas manifestações nas estradas federais, é R$ 0,70 por eixo de caminhão a cada quilômetro rodado.

“Não adianta o governo nos pedir para esperar 120 dias, porque isso representa gente trabalhando 120 dias de graça”, disse o representante dos caminhoneiros. “Não recebemos aumento no valor do frete há dez anos. Isso significa que já demos nossa colaboração, no sentido de contribuir para a queda da inflação”.

Schimidt informou que o movimento dos caminhoneiros começou nas redes sociais e ganhou corpo de forma espontânea. “Criamos uma página do Comando Nacional do Transporte no Facebook e depois uma rede pelo WhatsApp para defender nosso lado, já que os empresários não têm interesse em aumentar nosso frete”, informou o caminhoneiro, que mora em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Fonte: Agência Brasil

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