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Cinema

[Crítica] O Jogo da Imitação (2014), de Morten Tyldum

O “Jogo da Imitação” é mais um filme, dentre os que concorreram a melhor filme no Oscar, baseado em uma história real. Desta vez, a história se baseia na vida de Alan Turing, um dos inventores dos computadores, ainda na segunda guerra, quando foi escolhido para ajudar a descripitografar mensagens alemãs.  Em geral, é um filme que decepciona: decepciona os fãs de guerra, os fãs de biografias, os fãs de histórias de amor, sem deixar de nos dar um pouco de casa coisa. É um filme que promete, mas… não realiza tanto.

O que se percebe no filme é que há um esforço, um demasiado esforço para preencher os buracos da obra. A relação com sua amiga e noiva Joan, a constante grosseria de Alan, os flashbacks do passado do matemático, algumas cenas da guerra, tudo isso, de certa forma, só serve para tentar preencher a sinopse demasiado simples: a criação da tal máquina, decodificar a mensagem e criar o computador. Neste sentido, até a guerra se torna secundária, se destacando apenas aos esforços do governo em manter tudo em segredo.

É possível dizer que o Jogo da Imitação concorre ao Oscar pelo seu contexto: a história real, o suicídio de Alan e, principalmente por, ano passado, ele ter recebido um perdão da rainha por ter sido preso por “indecência”. Existe um certo prazer mórbido em fazer filmes pelos desgraçados. Isto, em si, não chega a ser um problema. O problema é quando a desgraça não rende uma boa história ou um bom filme, e o esforço da desgraça é maior do que a possibilidade estética que se apresenta.

O filme, e todo seu pretenso sucesso frente à academia, este sim, é um grande enigma.

“O jogo da imitação” está em cartaz no Cinemaxx Mercado Estação, com sessão às 19h, cópia legendada. A classificação é 12 anos.

luizLuiz Antonio Ribeiro é formado em Teoria do Teatro pela UNIRIO, mestrando em Memória Social na área de poesia brasileira e graduando do curso de Letras/Literaturas. É adepto da leitura, pesquisa, cinema, cerveja, Flamengo e ócio criativo. Em geral, se arrepende do que escreve. Facebook:http://www.facebook.com/ziul.ribeiro Twitter:http://www.twitter.com/ziul

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