Publicidade Concer: Resposta às chuvas em Petrópolis
Publicidade Concer: Resposta às chuvas em Petrópolis
Colunas

[Na mente de um Strudel] Teoria do Scrotum

Foto: reprodução

por Rafael Studart

Quer ser escroto? Seja! Talvez “maneiro” e “solícito” sejam adjetivos que não combinem com você.

Quer ser escroto? Seja extremamente bom em algo. De preferência o melhor! Cientista, médico, investigador; isso é o de menos. Destacar-se é o que importa.

O problema com escrotos é que a maioria deles é medíocre.

Quando não há admiração pelo grau de intelecto, competência, ou conhecimento técnico, não há motivo bastante para aturar algo que é, em sua definição etimológica, um saco?

Humildade, simpatia e atenção, ou os antônimos que podem vir com a excelência? O ego é seu, assim como a escolha.

Note que não estou sugerindo uma causalidade, apenas observando uma possibilidade.

Falta ao escroto o que sobra em muitos de nós: autocrítica.

Funcionando num chaveamento diferente, crê na perfeição de sua visão de mundo; ajustes à ela são desnecessários. E graças ao excesso de autoconfiança que vem com o pacote, os que o cercam raramente pensam em sugerir mudanças, até porque, os que o fazem, são rechaçados.

Segue assim o escroto, incólume, flutuando em seu mar de escrotidão, com sua boia de proteção. Que ela não murche. Não vai faltar tubarão.

studartRafael Studart é comediante, roteirista e professor universitário de física. Mestre pela COPPE/UFRJ, costuma tentar algo novo com uma certa frequência. Se quiser falar sobre relacionamento e sexo com ele, pode pará-lo na rua. Facebook: http://www.facebook.com/studart7

Botão Voltar ao topo
error: Favor não reproduzir o conteúdo do AeP sem autorização ([email protected]).