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Crônicas

[Todo mundo tem uma história] E uma peça que falta no quebra-cabeça

Música. Rock. Festival. Ele e ela. Um contexto tão familiar, mas que já não fazia mais sentido para os dois. O casal se reencontra. Os dois vivem um dia intensamente como se ainda fossem um só. No fim, a dúvida é se o reencontro foi um belo ponto final ou quem sabe um recomeço?

Ele e ela sentados na parte de trás de um palco onde acabara de ter um show. Era um festival de música. Há quase três anos eles não se encontravam. O reencontro foi marcado por dúvida, insegurança e uma sensação de que a peça que faltava no quebra-cabeça havia sido reposta.

O primeiro contato depois de 36 meses que não se viam foi o olhar. Ele teve medo dela não aparecer naquele dia. Era uma chance imperdível de um reencontro. A dúvida em como ela está e se está sozinha ocuparam a mente dele. Ela planejou chegar atrasada, para já vê-lo no palco. Foi assim que os olhares se esbarraram. O coração dela bateu mais forte. Naquele momento, passou um replay e flashes de uma longa história de amor.

Quando o show acabou e ela foi cumprimentá-lo o sentiu distante. Imaginou que as coisas já não eram mais as mesmas. Que talvez essa peça não se encaixe mais.

Pouco tempo depois, se aproximaram. Em diversos episódios das histórias contadas, havia a presença dela. A cada toque de pele, ela sentia o coração disparar e a imaginação ia a mil.

Dividiram o mesmo guarda-chuva naquele dia. Andaram um do lado do outro, mas não estavam mais juntos.

No palco, quando resolveram sentar, as lembranças começaram a surgir. Discutiram sobre um relacionamento que havia acabado há três anos. No meio da discussão, ela deitou no ombro dele. Era confortável estar ali. Também era familiar e, por alguns instantes, eles tiveram a impressão de que o tempo não havia passado. Fizeram um resumo sobre os relacionamentos que tiveram nesse período. Ele revelou que ela nunca tinha desaparecido dos seus pensamentos e inclusive tinha sido motivo de muitas brigas com a ex-namorada. Tudo porque de todas as histórias e de todas as mulheres da vida dele, ela era a mais importante.

Ela contou para ele sobre as noites que passou chorando, mesmo quando estava ao lado de outro. Lembrou do dia em que assistiu um filme e que se debruçou em lágrimas porque não tinha mais um amor de verdade como o da ficção. Eles se beijaram. Ali, na parte de trás do palco, rodeados de pessoas, e com a sensação de que eram só os dois. O coração dela disparou de novo. Foi como se um controle remoto tivesse pausado o tempo, a vida. A sensação era de que tudo havia voltado ao normal. No fim do beijo, ele exclamou: “Três anos e ainda é a mesma coisa!”.

Saíram do festival. Foram juntos para casa, como acontecia antes. A história se repetiu. No dia seguinte, ela esqueceu de colocar o celular para despertar. Acordou com uma ligação. Precisou sair correndo. E, desde então, já se passaram cinco meses. Eles se falam pouco. Não se viram mais. Já não é como era antes.

A dúvida agora é se o reencontro foi um fim ou quem sabe, um recomeço, de uma história que já tem quase uma década.

*Todos os posts da coluna Todo mundo tem uma história são baseados em fatos reais. Aqui, a inspiração surge a partir de histórias e fatos do dia a dia. 

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