(Foto: imagem ilustrativa)
por Rafael Studart
Escuridão é o que há. Faz-se a luz; vamos à ela. Morremos; vamos até ela. No fim do túnel esperamos encontrá-la. Mas ele, poço, de água, tá cheio.
Num submarino, seguimos; oscilando nos extremos de uma imersão: ora abismo, ora salvação.
Três letras compõem os advérbios que podem prefixar uma vida de maneira que ninguém sonha para si. A cada três, mais pressão, ou mais brilho, sobre nós.
Rasgamos caminhos com o facão das decisões, aguardando nosso presente cumprimentar seu futuro; miragem que nos persegue o horizonte, em meio à selva de opções.
Trôpegos, cambaleantes, inseguros, tropeçamos; com mapas emprestados, bússolas recicladas, trilhas já exploradas.
Do controle da TV ao ponto G. Nivelada por baixo, a única vida que se pode ter. Esse é o medo de se subviver.
Rafael Studart é comediante, roteirista e professor universitário de física. Mestre pela COPPE/UFRJ, costuma tentar algo novo com uma certa frequência. Se quiser falar sobre relacionamento e sexo com ele, pode pará-lo na rua. Facebook: http://www.facebook.com/studart7
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