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Política

Vereadora pede soluções para infestação de ratos nas comunidades

Em reunião realizada na Câmara dos Vereadores nesta semana, a vereadora Gilda Beatriz cobrou do governo municipal medidas para a redução da população de ratos, através da otimização das ações de controle de roedores, ampliando as atividades em áreas de maior risco.

O pedido aconteceu após a vereadora perceber um número cada vez maior de reclamações dos petropolitanos sobre a presença de ratos. Gilda ainda criticou o número de agentes destinados ao controle de zoonoses na cidade, ressaltando a necessidade de se convocar os profissionais aprovados no último concurso.

“Hoje, a prefeitura conta apenas com oito agentes de controle de zoonoses, para atuarem tanto no controle no intradomiciliar, quanto no meio ambiente. É óbvio que este número é insuficiente. Os ratos são uma rede global e subterrânea de transmissores de doenças graves, como a leptospirose. A coleta irregular de lixo em algumas comunidades, a falta de capina e o acúmulo de entulho agrava o problema. Não podemos mais esperar, é preciso agir agora”, pontuou.

A leptospirose é uma doença causada por uma bactéria presente na urina de ratos. A infecção causa febre, dores e às vezes hemorragias, podendo levar à morte. Para evitar a doença, deve-se evitar o contato com água ou lama de enchentes e impedir que crianças brinquem nessas águas ou em ambientes que possam estar contaminados pela urina dos ratos. Pessoas que trabalham na limpeza de lamas, entulhos e desentupimento de esgoto devem usar botas e luvas de borracha. Dados do Ministério da Saúde revelam que em 2014, a doença foi responsável por mais de 4 mil casos e cerca de 350 mortes no Brasil.

Além da leptospirose, os ratos urbanos transmitem doenças como a peste bubônica, o tifo murino e salmoneloses, entre outras. São frequentes ainda os acidentes causados pela mordedura desses animais. É preciso intensificar o combate aos roedores, pois a vida média da ratazana é de 2 anos, do rato de telhado 1 ano e meio e o camundongo vive cerca de 1 ano. A partir do 3º mês de vida já podem procriar, sendo que o tempo de gestação é, em média, de 19 a 22 dias e o número de filhotes por cria é de 5 a 12, na dependência da oferta de alimento e abrigo.

Medidas preventivas

A infestação de ratos num local pode ser verificada através da observação dos seguintes sinais:

• Fezes: sua presença é um dos melhores indicadores de infestação. As fezes podem levar à identificação da espécie presente;
• Trilhas: sua aparência é de um caminho bem batido, com 5 a 8 cm de largura, sendo encontradas geralmente nas proximidades de muros, junto às paredes, atrás de materiais empilhados, sob tábuas e em áreas de gramados;
• Manchas de gordura: deixadas em locais fechados, por onde passam constantemente como, por exemplo, nas paredes e vigas;
• Roeduras: os ratos roem (mas não ingerem) principalmente materiais como madeira, cabos de fiação elétrica e embalagens de alimentos para gastar sua dentição e como forma de transpor barreiras para alcançar os alimentos;
• Tocas: são encontradas junto ao solo, junto aos muros, entre plantas e normalmente indica infestação por ratazanas;
• A prevenção é possível através da adoção de um conjunto de medidas que chamamos de antirratização:
• Acondicionamento correto do lixo: dentro de sacos plásticos, em latas com tampas apropriadamente fechadas e limpas periodicamente, de preferência sobre estrado, para que não fiquem diretamente em contato com o solo;
• Dispor o lixo na rua somente na hora que o coletor passa para recolher;
• Nunca jogar lixo a céu aberto ou em terrenos baldios;
• Acondicionamento correto dos alimentos: em recipientes bem fechados;
• Inspecionar periódica e cuidadosamente caixas de papelão, caixotes, atrás de armários, gavetas e todo tipo de material que adentre ao ambiente e possa estar servindo de transporte ou abrigo a camundongos;
• Vedar frestas ou vãos que possam servir de porta de entrada aos ratos para os ambientes internos;
• Colocar telas (com menos de 1 cm de vão de diâmetro), grelhas, ralos do tipo “abre-fecha”, sacos de areia ou outros artifícios que impeçam a entrada desses animais através de ralos, encanamentos ou outros orifícios;
• Evitar o acúmulo de entulho ou materiais inservíveis que possam constituir abrigo aos ratos;
• Manter terrenos baldios limpos e murados;
• Manter limpas as instalações de animais domésticos e não deixar a alimentação destes exposta onde os ratos possam ter acesso, principalmente à noite;
• Vistoriar e manter limpos garagens e sótãos.
• De importância fundamental é a parceria da comunidade do entorno, que deve ter informação e compreensão adequada do problema para eliminação de hábitos e costumes que possam contribuir para a proliferação dos ratos, tais como jogar lixo e entulho em córregos, praças, terrenos baldios, bueiros, etc.

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