por Bruno Vieira
Já vou começar minha critica respondendo a principal pergunta de quem não conhece a sinopse do filme: Sim, é mais um daqueles filmes catastróficos onde uma cidade americana (nesse caso podemos dizer duas, com ênfase em São Francisco) é completamente devastada por um desastre natural.
Diferente de outros filmes do gênero, “San Andreas” é ação do início ao fim. O melhor é que a história nos prende durante todo o filme, ou seja, durante quase duas horas, você vai ficar tenso acompanhando a história de um pai (Dwayne Jonhson) que trabalha no resgate aéreo, e está prestes a assinar o divórcio de sua mulher, com quem teve duas filhas.
Logo de início você vai se deparar com esse estereótipo da família americana, já conhecido de tantos outros filmes, mas não desista de assisti-lo por isso. Tá certo que é mais um filme onde o pai faz de tudo para salvar a sua família, mas digamos que os desastres não tem tantas “mentiras incabíveis” assim. Disse “tantas”, porque como se trata do gênero, difícil não se trabalhar com o tipo de cena, que só em filme mesmo para acontecer. Em algumas passagens de cenas, o sangue ou machucados dos personagens desaparecem milagrosamente. Em outras, quem era para estar “mancando” ou se “arrastando” para tentar fugir dos acontecimentos, consegue superar qualquer ferimento e correr, pular, nadar…
Para quem vai conferir o filme em 3D, se prepare para curtir ótimos efeitos no início do filme, porque ao chegar na metade você não vai ver nem a profundidade de tela, o que é uma pena, pois o filme começou super bem com os efeitos. De cara eram ótimos, bem feitos, e nos momentos certos, entre pedras caindo, cacos de vidro , helicóptero sobrevoando meio ao caos… mas o que é bom, infelizmente dura pouco.
Dwayne Johnson, o The Rock, está em uma de suas melhores atuações. O cara não é só músculos no filme. Ele é um pai de família que passa por alguns dramas como a perda de uma filha adolescente e o drama da separação de sua mulher. Dwayne é convincente no papel que desempenhou, desde os dramas citados, até sua busca cheia de riscos meio ao caos do terremoto, para salvar sua mulher em Los Angeles e resgatar sua filha em São Francisco.
Entre ótimos efeitos visuais, uma história de deixar qualquer um tenso na poltrona do cinema e, talvez, uma fórmula um pouco diferenciada de levar catástrofes às telas de cinema, sem grandes exageros nas famosas “mentiras” do cinema, como foi o caso do filme “2012”, o filme é uma boa distração.
“Terremoto – a Falha de San Andreas” está em cartaz no Cimeaxx Mercado Estação, com sessões às 15h, 17h, 19h (dubladas) e 21h (legendada). A classificação é 10 anos.
https://www.youtube.com/watch?v=9njl8AxXHuM
Bruno Vieira é estudante de Comunicação Social – Publicidade, tem 27 anos e adoraria se lembrar do primeiro filme que viu em sua vida, mas o que passa em sua mente são flashs de sessões da tarde, com muitas aventuras, romances e filmes de terror da década de 80 e 90. Aprendeu a amar e se emocionar (e tem prazer em chorar) com o gênero drama. Gosta de comédia e ação, e adora musicais e fantasia. Outro amor são as animações, filmes de heróis e tudo aquilo que nos faça viajar pela imaginação. É um dos idealizadores do Clube de Cinema Petrópolis.
