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Colunas

[Psicologia ao seu alcance] No jardim das borboletas

por Flávio Melo Ribeiro

Na minha vida profissional é comum me deparar com diversos textos e teoria sobre relacionamentos amorosos. Um deles me chamou muito atenção e o trabalhei com muitos pacientes. Eram as duas possibilidades básicas de se caçar borboletas: uma é se armar de uma rede presa a uma haste, entrar no bosque e começar a caçar e prendê-las; a outra é pegar um terreno, limpar, plantar grama, árvores e arbustos de flores. Cuidá-lo com esmero e quando o jardim florescer, as borboletas virão por espontaneidade, ficarão livres, mas com desejo de permanecer. Esta segunda forma é a mais adequada e a mais rápida de se buscar um novo relacionamento.

A pessoa ansiosa não quer esperar alguns meses para organizar o jardim e colher o seu “prêmio”, quer de imediato e esse pequeno espaço de tempo se estende, por vezes, anos a fio. A solidão se instala, as manias crescem, as exigências se ampliam e mais difícil é encontrar alguém que sirva. Geralmente o ansioso não faz uma autocrítica e vê apenas os defeitos das pessoas que não conseguem se adequar a um pequeno espaço de tempo no seu grandioso sonho.

Por outro lado, a pessoa que consegue o equilíbrio emocional de montar com calma seu jardim, consegue ser notada positivamente pelos outros. Ela cuida do seu corpo, amplia seus conhecimentos, tem uma alimentação balanceada, investe no binômio trabalho e lazer. Vive um projeto de ser e de vida definido, apresenta equilíbrio financeiro, independente do quanto ganha. Faz uma autocrítica, supera ou ameniza suas falhas, melhora seu relacionamento com o outro, sabe pedir desculpas quando erra, orienta o outro. Lendo desse jeito parece um sonho, que essa pessoa não existe, mas não é verdade. Nesses anos profissionais, pude acompanhar o desenvolvimento da construção desses jardins em dezenas de clientes.

Em questão de meses, espontaneamente passaram a ser notados e as borboletas vieram. Só precisaram espantar as “mariposas” que vinham para tentar atrapalhar. Geralmente as mariposas são os ansiosos que querem “ganhar” um jardim já feito pelo outro e que, muitas vezes, querem apenas “comer, usar e ir embora” literalmente, se é que me entende.

Se você tem dificuldade de construir sozinho seu jardim, peça ajuda.

 

flavio melo ribeiroFlávio Melo Ribeiro é psicólogo, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1988, especialista na área clínica pelo Conselho Regional de Psicologia e especialista em Gestão de Empresa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicólogo clínico em seu consultório situado em Florianópolis – SC e presta consultoria às empresas na área de Gestão de Pessoas.

 

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