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História

[Coluna] Cazuza, o tempo não parou

O tempo não parou e 25 anos se passaram desde o dia em que o Brasil se despediu de Agenor de Miranda Araújo Neto, o Cazuza. Desde então, livros, filmes, peças celebram o artista que partiu precocemente, mas que ainda permanece na memória dos brasileiros.

Mais do que cantor e compositor, Cazuza era poeta. Com o Barão Vermelho, grupo que o projetou, emplacou sucessos como “Todo amor que houver nessa vida”, “Down em mim”, “Pro dia nascer feliz”, “Maior abandonado” e “Bete Balanço”. Após deixar o grupo, Cazuza lançou seu grande sucesso “Exagerado”, co-escrita com Leoni, além de outros hits como “Ideologia”, “Brasil”, “Faz parte do meu show”, “Blues da piedade” e “O tempo não para”.

O que muitos talvez não saibam é que, como tantas outras personalidades, Cazuza também passou momentos significativos de sua vida em Petrópolis.

Seus pais possuíam uma residência na Fazenda Inglesa, onde construíram uma casa do lado de fora para que Cazuza pudesse receber seus amigos e fazer suas festas. Porém, o cantor se recusava a ficar nela e gostava mesmo era de ficar na casa principal, onde vestia as roupas de seu pai. Na adolescência, ele também tinha mania de usar a aliança de seu pai, que acabou toda amassada em um acidente de carro.

Ele encarava a casa daqui como um local de trabalho. De manhã, ele se divertia na piscina e bebia um pouquinho, depois almoçava bem, para então à tarde se recolher e trabalhar. Junto de Dé e Bebel Gilberto, compôs aqui um de seus sucessos, a música “Preciso dizer que te amo”.

https://www.youtube.com/watch?v=nVOwiuMnHp4

Segundo um de seus depoimentos, também foi na Cidade Imperial que o cantor perdeu a virgindade – “Minha primeira vez foi lá pelos 15 anos, numa festa em casa de amigos, em Petrópolis. Na minha fase meio pirada. Eu estava alto, e a menina me pegou meio à força. Ela era sapatão… Fui currado (risos). Depois a gente namorou, mas não era o que ela queria.”

Irreverente, inovador, talentoso, Cazuza não foi só mais um cara. Ele era aquele garoto que pode não ter mudado o mundo, mas certamente deixou sua marca e um legado atemporal.

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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