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Colunas

[Economia] Como o idoso lida com a crise brasileira

por Anna Paula Carvalho

Fala-se atualmente muito na crise financeira que se instalou no país, principalmente do início do ano para cá, quando os impostos e tarifas pesaram ainda mais no bolso do contribuinte. Mas uma fatia da sociedade, que já deveria estar cogitando tranquilidade se vê cada vez mais “achatada” pelos devaneios do atual governo – os idosos, que a cada momento engordam a lista de devedores, segundo os órgãos de proteção ao crédito e o Banco Central.

Segundo o economista Jaílson Monte Claro, os jovens são os maiores inadimplentes, mas a terceira idade é que vem sendo sobrecarregada, muitas vezes por questões familiares. São pais que, mesmo em idade avançada, consternados pela situação financeira dos mais jovens, acabam “emprestando” dinheiro aos parentes, quando não contraem empréstimos no próprio nome, criando desta forma um círculo vicioso entre os envolvidos.

Ainda de acordo com o economista, dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelam 56,5 milhões de inadimplentes no país, o que representa 38,6% da população na faixa dos 18 aos 95 anos. Jovens entre 18 e 39 anos são maioria nesta estatística e detêm mais de 53% das contas em atraso, e 29,15% desse total está entre os que têm mais de 30 anos. E isso ocorre porque os gastos como a compra de imóveis, carros e despesas com os filhos são bastante consideráveis nesta fase da vida de um trabalhador.

Já as pendências atribuídas a idosos entre 85 a 94 anos, contudo, foram as que mais cresceram na comparação anual, com variação de 10,18%. “Na faixa dos 65 aos 84 anos, a inadimplência aumentou 9,10%”, ressalta o economista.

Agora muitos dos leitores devem estar se perguntando o porquê desta situação. Para os que tem dúvidas, é fácil entender: somam- se aí uma política econômica falida (referência também aos governos anteriores ao PT), que nunca olhou com atenção e respeito para seus idosos, atrelado a uma mentalidade assistencialista através de “bolsas ilusórias”, de valores ainda mais ilusórios, resultam com certeza na total falta de dignidade que deveria ser devotada na fase mais delicada da vida de um trabalhador.

A análise rápida e avançada que pode ser feita é a seguinte: em um país onde o idoso não é valorizado e nem respeitado, onde não se ganha dignamente durante toda a vida, era de se esperar ganhar bem na velhice? Fica a reflexão ao nosso ilustre leitor, que também esta caminhando para a terceira idade.

anna paula carvalhoAnna Paula Carvalho é carioca da gema, mas vive andando a trabalho pelo Brasil. É graduada em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo pela PUC Rio de Janeiro. Atuou em diversos veículos de comunicação da mídia impressa, internet e televisão. Nesta última área atuou como Diretora e Coordenadora de Comunicação de emissoras como Rede TV!,  Record ​e SBT, além de levar seu know how a revistas e Assessorias de Imprensa segmentadas nas áreas têxtil, moda, agronegócio, cidades, política e economia.

4 Comentários

  1. Com tantas ofertas de empréstimos e facilidade de adquiri lo qnd se trata de idosos tudo
    para eles se torna fácil, até se depararem com a mixaria q recebem, anos de contribuição
    para no fim receberem um salário que mal dá para se alimentarem e comprar remédios, isso qnd dá neah!?
    Ai acabam por se endividarem para de uma certa forma adquirirem o que lhes faltam!!

    Miga Anna Paula, adorei sua coluna e espero ver outras aqui escritas por vc, pq além de amiga sou sua fã, vc sempre me deixa orgulhosa com seu trabalho!!!

    Sucesso pra vc e para o Acontece em Petrópolis, vem pra Friburgo um cadim amiga sdds!

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