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Educação

Projeto busca ajudar o jovem na escolha da profissão

Há quem diga que a adolescência é um dos melhores momentos da vida. No entanto, esta fase também é marcada por profundas transformações, tanto físicas, quanto psicológicas. É justamente neste período conturbado, repleto de dúvidas e dilemas, que o jovem precisa tomar uma das decisões mais importantes de sua trajetória: a profissão. Entrar no mercado de trabalho, cada vez mais amplo, pode não ser tão fácil para quem ainda está descobrindo um novo mundo. Para essas horas, uma das alternativas são os projetos de orientação vocacional, que buscam facilitar essa escolha.

Os grandes números de evasão nos cursos, nas faculdades espalhadas pelo Brasil, retratam essa dificuldade. Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), em média, dois em cada dez estudantes desistem da graduação que iniciam. São vários os motivos, entre os principais, estão a dificuldade do curso, problemas financeiros e a vocação do aluno. “Assim que terminei o ensino médio, queria fazer jornalismo. Mas como não havia aberto turma, optei por publicidade. Fiquei um tempo, mas não gostei, e voltei para a primeira opção. Ainda me sentia insatisfeita e resolvi mudar drasticamente: apostei na educação física. Me encontrei e posso dizer que hoje, após muitas dúvidas, me sinto feliz”, relembra a estudante Bruna Pallotino.

A psicóloga Mere Elen Keler Teixeira, da Clínica Maurício Baisch, trabalha com orientação vocacional em escolas privadas. O projeto é feito com grupos ou individualmente, dentro do consultório. O objetivo é dar ao jovem uma visão global sobre a formação profissional, mundo do trabalho e suas áreas. Sempre levando em consideração os interesses, aspirações, valores, possibilidades e limites do adolescente. “Nossa intenção é auxiliá-lo neste importante momento. Para isso, fornecemos uma visão ampla sobre as profissões e o mercado de trabalho, promovemos o autoconhecimento e o ajudamos a identificar fatores que possam influenciar na decisão, como personalidade, aptidões, família e aspectos financeiros. Tudo é levado em conta”, explica Mere.

O cronograma dura de 8 a 10 encontros. Em cada um deles, é realizada uma atividade diferente, que inclui entrevistas, dinâmicas, reflexão e trabalho com textos. Além disso, alguns questionários e testes reconhecidos pelo Conselho de Psicologia são aplicados. Entre eles, o palográfico, um método de avaliação psicológica, e o AIP, que avalia os interesses profissionais do participante. Ao final, é entregue ao aluno um laudo com o resultado.

“É muito difícil para um estudante de 16 ou 17 anos escolher o que vai fazer pelo resto de sua vida. Por isso, a importância desse trabalho, que amplia a autocompreensão do sujeito sobre si e sobre o mundo das profissões. Desta forma, conseguimos ajudá-lo a tomar uma decisão menos árdua e mais prazerosa, diminuindo as chances de desistência na faculdade”, completa a psicóloga.

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