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Coluna Literária

[Coluna literária] “A garota no trem” – Paula Hawkins

Pegue qualquer best-seller que tenha feito muito sucesso a ponto de ganhar adaptação para o cinema, que logo, nas prateleiras em destaque das livrarias, você só verá livros dentro do mesmo segmento. Foi assim com o “Código da Vinci”, “O Segredo”, “Crepúsculo”, “50 tons de cinza” e com “Garota Exemplar”, de Gillian Flynn (cuja adaptação rendeu uma indicação ao Oscar para Rosamund Pike).

Mas por que estou falando isso? Porque “A garota no trem” é um desses livros que pegam carona nas tendências e vendem muito só com a frase “Se você gostou de Garota Exemplar, vai devorar este thriller psicológico” na capa. Mas calma! Isso não quer dizer que o livro seja ruim! Só quer dizer que tendo lido o livro que deu início a esta tendência, os outros acabam não sendo tão surpreendentes.

Em “A garota no trem”, a protagonista Rachel pega o trem de Ashbury para Londres diariamente. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho e é de lá que Rachel observa a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes – a quem chama de Jess e Jason –, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess – na verdade Megan – está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.

Uma protagonista problemática (Rachel é alcoólatra, está desempregada e é infeliz), um relacionamento abusivo, uma mulher desaparecida… Parece familiar? Pois então, além destes pontos em comum, a narrativa também está cheia de reviravoltas, fazendo com que a cada momento desconfiemos de um personagem diferente.

Hawkins é habilidosa para construir sua narrativa e prender a atenção o suficiente para que você devore o livro rapidamente, porém, como citei acima, por já ter lidos muitos thrillers com sinopses parecidas (li todos da Gillian Flynn, por exemplo), acabei desvendando o final antecipadamente, mas mesmo assim apreciei a leitura.

Enfim, se você gostou de “Garota Exemplar” pode ser que também goste de “A garota no trem”.

 

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Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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