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[Coluna] O uso excessivo de novas tecnologias é o grande vilão de tanto isolamento e solidão entre as pessoas?

(Imagem: campanha da Coca-Cola)

 

por Anna Paula Carvalho

Em tempos “modernos” e com tanta tecnologia disponível é cada vez mais comum ver pessoas de todas as idades com os olhos grudados diante da tela de um notebook, tablete e, mais ainda, em celulares. São crianças, jovens e adultos e, porque não dizer, a Terceira Idade também. Todos dedicando horas de seus dias a um universo infinito de informações e novidades. Mas diante de tanta diversidade de dados é importante ressaltar que esta nova forma de viver vem causando danos à sociedade. Sim, danos! As pessoas estão ficando mais individualistas e introspectivas quando se trata de dividir seu tempo com outras pessoas, seja ele um companheiro, namorada, filha, pai, mãe, esposo, todos acabam se isolando para ter momentos de “privacidade” junto a uma tela.

E isso tem ocorrido de forma mais constante do que se possa perceber. Outro dia uma amiga próxima da área de comunicação, me relatava o seguinte fato – ela estava em sua casa com seu filho, ambos à mesa de refeição, se preparando para o jantar. O que era para ser um momento de confraternização, juntos, dividindo alegrias, contando das dificuldades transpostas e das vitórias obtidas, se tornou um momento evasivo entre ela e seu filho. Ambos se viram pregados ao celular acessando ainda informações do escritório onde trabalha, e não muito diferente, seu filho, estava “antenado” em um jogo on line que rodava na rede com a participação de outros tantos “colegas virtuais” espalhados pelo mundo.

Daí damos margem a nos questionar – aonde foi parar o tempo de convívio, o tempo de se doar ao outro? O tempo do olho no olho? Pelo visto, este, está ficando cada vez mais distante de nossa realidade e escasso de nossos relacionamentos. Mas, nem tudo está perdido. Vamos ser positivos, e nos atentar nas nossas referências anteriores a existência da internet em nossas vidas. De como era o nosso cotidiano, de como destinávamos o nosso tempo com trabalho, família, lazer e tantos outros compromissos. Cansamos de escutar que “antigamente” as pessoas se reuniam após o jantar para “prosear” com os membros da família e entre os amigos. E hoje essa ação é quase inexistente.

Ainda também escutamos comumente pessoas falando: “nossa, eu não tenho tempo para mais nada! Os dias estão mais curtos”, e por aí vai. Ledo engano. O tempo continua o mesmo para todos. Nós é que passamos a dividi-lo com acessos contínuos a rede internacional de informações, seja dentro do âmbito profissional, pessoal ou familiar. E isso consome tempo. Sim, o tal do senhor tempo.

Ficar sem a internet? Não, ninguém mais fica ou quer ficar sem esse advento de tecnologia. Precisamos dela para trabalhar, fazer compras, fazer encomendas, encaminhar serviços, telefonar, contratar, namorar, se relacionar em geral, enfim, interagir com o restante do planeta Terra. A solução? Também não existe. O que existe é o uso do bom senso. Do discernimento para podermos vivenciarmos em sua plenitude este novo momento de acesso a informações que estamos tendo, e, conciliando com as nossas tradições os antigos hábitos familiares que nos são tão caros e importantes a nossa existência.

 

anna paula carvalhoAnna Paula Carvalho é carioca da gema, mas vive andando a trabalho pelo Brasil. É graduada em Comunicação Social, com especialização em Jornalismo pela PUC Rio de Janeiro. Atuou em diversos veículos de comunicação da mídia impressa, internet e televisão. Nesta última área atuou como Diretora e Coordenadora de Comunicação de emissoras como Rede TV!,  Record ​e SBT, além de levar seu know how a revistas e Assessorias de Imprensa segmentadas nas áreas têxtil, moda, agronegócio, cidades, política e economia.

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