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[Psicologia ao seu alcance] O carente e o “Eu te Amo”

por Flávio Melo Ribeiro

O que mais caracteriza a pessoa carente é a falta que sente de um amor, uma atenção, um carinho. De querer saber que pode ser amada quando, na maioria das vezes, se sente insegura quanto à conquista e à manutenção de uma relação, mesmo sentindo que é merecedora de um bom relacionamento amoroso. Essa mistura gera uma esperança ingênua. Não está mais atrás de um príncipe ou de uma princesa encantada, mas de alguém que supra essas faltas.

O problema é a ansiedade de que isso ocorra logo e a falta de cuidado em conhecer a outra pessoa. Quando se percebe que aquela pessoa não se enquadra nas esperanças já criadas, o carente entende que as esperanças estão equivocadas, tentando recriá-las para que se encaixem na personalidade do outro. Com essa atitude, torna-se alvo fácil de quem quer apenas se aproveitar da situação. Um “oi” direcionado a um carente tem seu significado amplificado, já o enche de esperança. Imaginem o estrago que não faz um “eu te amo!”. É quase a assinatura da escritura do seu coração.

Não vou entrar na seara dos maus-caracteres que buscam dinheiro e vida fácil, mas das pessoas que, hoje em dia, querem apenas mais uma “ficada”, ou sexo sem compromisso. Não que isso seja um problema. A sociedade atual aceita muito bem os relacionamentos ocasionais, as relações sexuais sem compromisso. Mas fazer declarações ardilosamente pensadas junto a um carente apenas para conseguir sexo é decretar sofrimento imenso a este. Seja honesto: se quer apenas sexo, procure quem também tem esse interesse. Preserve o carente.

Além disso, o carente precisa entender que a sua felicidade não pode depender do sentimento de outra pessoa. Ao escutar o “eu te amo”, o carente pode esperar que o outro viva os seus sonhos, sem perceber que a individualidade é importante. Por isso, é de suma importância saber dimensionar as expectativas. Até porque o outro pode estar sendo sincero, mas seu sentimento não estar na mesma frequência que o seu, ou não desejar as mesmas coisas. Seja adulto: você só será feliz estando feliz consigo próprio. Procure fazer o que realmente faça sentir-se bem.

 

flavio melo ribeiroFlávio Melo Ribeiro é psicólogo, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1988, especialista na área clínica pelo Conselho Regional de Psicologia e especialista em Gestão de Empresa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicólogo clínico em seu consultório situado em Florianópolis – SC e presta consultoria às empresas na área de Gestão de Pessoas.

 

 

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