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[Psicologia ao seu alcance] Solucionando a crise motivada pelas redes sociais

por Flávio Melo Ribeiro

Na última semana, ao falarmos sobre traição online (leia aqui), foram expostos diversos tipos de traições possíveis nas redes sociais, que geram crises no relacionamento amoroso. Mesmo que algumas dessas traições fiquem apenas no âmbito virtual, os atos são suficientes para quebrar o acordo implicitamente estabelecido entre o casal sem contrato, mas vivido como algo que os une. A base que definirá a administração do conflito será o conjunto dos valores de cada um dos envolvidos, principalmente daquele que se sentiu traído. Se for algo inaceitável em sua opinião, o término da relação é inevitável. Mas se achar possível administrar as consequências do ocorrido, o equilíbrio emocional será fundamental para conduzir as negociações.

Um dos primeiros desejos de quem se sentiu traído é o de querer saber o que ocorreu e, para isso, querer acesso aos meios de comunicação utilizados pelo(a) parceiro(a). Mas qual o limite de investigar o que o outro faz nas redes sociais? É o seu conjunto de valores: o que você quer ser na relação com o outro. Pois se você pede a senha dos aplicativos do seu parceiro(a) nessa situação, é porque acha que este possa estar lhe traindo, ou seja, nos seus pensamentos a traição já ocorreu. Isso indica que você aceita ser traído e mesmo assim fica com a pessoa. O que você investiga nos aplicativos é a prova do ocorrido, mesmo que tenha esperanças de que a prova não exista.

Esse tipo de personalidade é bem comum. Ao descobrir a traição, briga, faz exigências, mostra seu desagrado, mas continua fazendo planos e se envolvendo com quem não confia. Nesse caso, é importante se questionar por que você aceita a traição? Se aceita, não brigue, não faça teatro. Se não aceita, tome uma atitude madura: perdoe ou termine a relação. Não aceitar, mas se desesperar com a ideia do término, é indicativo de uma personalidade carente, que não consegue viver sozinha e que deposita sua felicidade no outro. Se for assim, procure ajuda, procure trabalhar sua personalidade, pois é fundamental a pessoa saber viver e ser feliz sozinha para dividir sua vida com outro que também seja maduro numa relação saudável.

Mas o que é o perdão no aspecto psicológico e quais as implicações no cotidiano do indivíduo? Este será o texto da próxima semana, penúltimo texto dessa série, que se encerra com o texto sobre término por mensagens.

 

flavio melo ribeiroFlávio Melo Ribeiro é psicólogo, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1988, especialista na área clínica pelo Conselho Regional de Psicologia e especialista em Gestão de Empresa pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atua como psicólogo clínico em seu consultório situado em Florianópolis – SC e presta consultoria às empresas na área de Gestão de Pessoas.

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