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Crônicas

Observações de uma petropolitana: infância em Petrópolis

Conforme o tempo passa, a expressão “parece que foi ontem” vai ficando cada vez mais presente no vocabulário daqueles que foram crianças há mais tempo. Não o sentimos passar, só o percebemos ao olhar no espelho e notar alguns fios brancos que já brilham no topo da cabeça; ao passar por alguns lugares que já fecharam ou mudaram de nome… E tendo nascido e crescido aqui, cada caminhada pela cidade não deixa de ser uma volta às memórias.

Lembro-me de quantas festinhas de aniversário fui no Mick’s (atual Maria Fumaça), no Mc Donald’s, no boliche do Hiper. Aliás, o Hiper “bombava”! As salas de cinema de lá recebiam os filmes mais esperados. Praticamente todos os fãs de Harry Potter enfrentaram grandes filas para ver a estreia de “A Pedra Filosofal”, além das animações da Disney e outras estreias da época. Mas antes da sessão, era de praxe ir ao Hiper Bazar e encher uma cestinha com balas e chocolates.

Foto: reprodução / guiacastor.com
Bienal no Quitandinha (Foto: reprodução / guiacastor.com)

Também foi no Hiper que comprei as obras de J.K. Rowling, Ziraldo e Pedro Bandeira na livraria “De A a Z”, já que naquela época a Nobel ainda não havia chegado à cidade. E em se falando de livros, também não me esqueço das “bienais” que aconteceram no Palácio Quitandinha, que infelizmente tiveram poucas edições.

Recordo-me também de quando a Festa da Itália era em Cascatinha, da Casa do Papai Noel no Centro, das apresentações natalinas das Meninas Cantoras de Petrópolis nas escadarias do Vilarejo, do show das Paquitas no Relógio das Flores quando anunciaram que a Xuxa estava grávida, de ver o Away com sua caixa de som dançando freneticamente em frente aos correios, de quando o Bauhaus tinha uma papelaria onde hoje é a Americanas…

Isso sem falar nos passeios escolares para fazendas próximas ou ir aos pontos turísticos mesmo e “patinar” no Museu, temer “a loira do banheiro”, matar aula de Educação Física em seus jardins, brincar no Cremerie ou no parquinho do bairro… O que não faltam são boas recordações desses tempos mais tranquilos.

Mas como o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem (já dizia aquela frase), que nós, independente da idade, não nos esqueçamos da criança que um dia fomos, até porque um grande homem é aquele que não perdeu a candura de sua infância (já dizia um provérbio chinês).

Feliz dia das crianças!

Marianne Wilbert

Jornalista, pós-graduada em mídias digitais.
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