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Boca no Trombone!

[Boca no Trombone!] Vistoria nos hospitais mostra falta até de medicamentos básicos


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“Minha mãe necessita de remédios para seu bem estar e não tem. Já entramos em contato com vereadores, prefeitura, e falam que não tem médico. Mas como fazemos se as pessoas necessitam do remédio para viver normalmente? Nem receita do remédio eles são capazes de arrumar, falam que vão arrumar um médico para consulta, mas é só promessa”. Este é apenas um dos muitos relatos dos usuários da rede pública de saúde da cidade. De acordo com os vereadores, a má gestão dos R$ 250 milhões destinados à Saúde no orçamento do município vem causando caos no funcionamento de unidades como o Hospital Municipal Nelson de Sá Earp (HMNSE) e o Pronto Socorro do Alto da Serra.

Esta foi conclusão a que chegaram, após vistoria realizada na última semana. Os problemas na infraestrutura na rede pública de saúde ficaram mais evidentes com a suspensão parcial do atendimento nas UPAs (Centro e Cascatinha), o que vem aumentando a demanda nas demais unidades.

Pacientes em estado grave sem leitos e demora na transferência por falta de vagas em outras unidades foram recorrentes nas unidades ao lado de falta de medicamentos básicos como analgésicos, sonda para alimentação e até agulhas. A vistoria gerou um relatório que vai ser apresentado terça-feira (24) ao juiz titular da 4ª Vara Cível, Juiz Jorge Luiz Martins e representantes dos Ministérios Públicos Federal e Estadual. Na reunião, a Câmara de Vereadores vai buscar, em conjunto com o judiciário, meios para que a prefeitura abasteça corretamente de medicamentos, equipamentos e recursos humanos todas as unidades da rede pública municipal.

Nove vereadores participaram da vistoria e ouviram os relatos de falhas de gestão dos próprios médicos e enfermeiros que atuam nas unidades. “Temos casos graves em que o paciente tem que aguardar sentado em uma cadeira, porque precisa da internação e não temos leitos ”, contou um médico do HMNSE. “Além da falta de estrutura física, frequentemente faltam medicamentos injetáveis e insumos para atendemos de forma adequada”, completou outro plantonista. “Na semana passada tivemos um paciente grave que ficou sem alimentação por dois dias porque não tínhamos equipo de dieta no hospital para alimentá-lo por sonda. É desolador”, aponta uma enfermeira. Os funcionários ouvidos pelos vereadores que não quiseram tornar pública sua manifestação tiveram seus nomes resguardados.

“Os relatos farão parte do relatório”, aponta Paulo Igor, presidente da Câmara de Vereadores.  “Entendemos que é necessário que o município abra as contas da Saúde para que se identifique onde exatamente estão sendo investidos os recursos. Não é possível que o  município empregue R$ 250 milhões por ano na Saúde e o hospital que recebe as urgências não tenha analgésico disponível ou que o médico precise deixar  o paciente grave internado numa cadeira, porque o hospital não tem maca. Isso é falta de gestão.  Outro ponto que entendemos ser grave é que tanto nas UPAs, quanto nas demais unidades em que estivemos funcionários relataram que o Secretário de Saúde nunca esteve lá. O que é um total absurdo”, completa Paulo Igor.

O Ministério Público vem levantando dados sobre a saúde por meio de um grupo de trabalho proposto pela promotora Vanessa Katz a partir de uma audiência pública realizada na Câmara. “O grupo tem dados importantes que irão nos ajudar. Nossa proposta é que se monte uma força tarefa capaz de gerir a Saúde”, aponta Paulo Igor.

O grupo de vereadores que visitou os hospitais é formado por integrantes da Comissão de Saúde da Câmara, Silmar Fortes, Gilda Beatriz, Luizinho Sorriso, Roni Medeiros, Anderson Juliano, Pastro Sebastião, Maurinho Branco e Marcos Montanha. Eles também estiveram na UPA do Centro e no Pronto Socorro do Alto da Serra conversando com médicos, funcionários e pacientes e encontraram a mesma situação do HMNSE.

“O equipamento de raio-x está quebrado há três meses, tem dias em que não temos analgésicos, nem bezetacil”, conta o pediatra da UPA Centro, que lembra que normalmente 90% dos atendimentos feitos na unidade são os que deveriam ser acompanhados em ambulatórios e postos de Saúde dos bairros.

“Outra questão que nos chama atenção é que o número de atendimentos na UPAS indica que há falha no atendimento dos PSFs.  Descobrimos que 90%  dos atendimentos feitos nas UPAs são de casos que deveriam ser acompanhados em ambulatório ou em PSFs . Não é aceitável  também que tenhamos casos como a de uma moradora do Bonfim que precisa ir ao Alto da Serra para que a filha receba uma vacina, porque a antirrábica não está disponível em um posto mais próximo. Isso demonstra uma total falta de planejamento e organização do município”, disse o presidente da Comissão de Saúde, Silmar Fortes.

Os vereadores que participaram da visita às unidades de saúde destacaram a importância das UPAs para a cidade. “Seu pleno funcionamento é essencial, mas as UPAs não podem estar suprimindo o atendimento de toda uma demanda que deveria ser tratada em outras unidades como os postos nos bairros”,  considerou a vereadora  Gilda Beatriz.  “A Câmara vai defender a manutenção das UPAs e cobrar também mais organização da rede como um todo, pois hoje verificamos um problema grave de gestão”, concluiu Paulo Igor.

 


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