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Famílias desabrigadas nas chuvas de 2011 ainda aguardam moradias na Região Serrana

Foto: reprodução

No início deste mês, a Comissão Especial das Chuvas de 2011 finalizou o Relatório das reuniões de 2015 que acompanham as ações do Poder Público no auxílio às vítimas das chuvas de janeiro de 2011.  A tragédia que atingiu a Região Serrana há cinco anos deixou, segundo apontam os dados oficiais, um total de 918 mortos, além de 377 pessoas consideradas desaparecidas. Cerca de 30 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas.

Em relação aos desabrigados na tragédia, 2.628 pessoas em toda a Região Serrana ainda esperam moradia, 1.945 foram entregues, de uma demanda de 4.573 residências. “Em Petrópolis poucas casas foram construídas, em torno de 50 pelo Estado e cerca de 17 pelo setor privado. Várias pessoas ainda permanecem no aluguel social, aproximadamente 814 pelo Estado e mais de 300 pelo município”, disse o vereador Silmar Fortes, presidente da Comissão das Chuvas.

O vereador retornou ao Vale do Cuiabá na última terça-feira (12), data em que ocorreu a maior tragédia climática da história do país completou cinco anos. “Nesta primeira visita de 2016 podemos identificar que as obras das calhas dos rios ficaram paralisadas por muito tempo. Notamos uma lentidão muito grande também em relação à construção do Posto de Saúde. O terreno foi desapropriado, porém, as obras ainda não tiveram início”, apontou.

Silmar Fortes destacou ainda que pouco foi feito em relação ao meio ambiente e saneamento básico. “Poucas áreas foram reflorestadas. Vimos na região grandes voçorocas, crateras abertas e nenhum reflorestamento. A segunda etapa das obras das calhas dos rios está parada. Já em relação ao saneamento básico a Águas do Imperador não fez nada na região. Os canos seguem depositando o esgoto in natura nos rios Santo Antônio, Cuiabá e Carvão”.

O vereador reiterou a importância da continuidade do trabalho da Comissão, que no ano de 2015 cobrou à diversas entidades, por meio de ofícios, os relatórios das atividades e ações desenvolvidas na região, entre elas a Águas do Imperador, Inea (Área Social, Gerência de Obras e Superintendência Petrópolis), Viva Rio Socioambiental, Caixa Econômica Federal – Petrópolis, Comdep, Secretaria Estadual de Obras e as secretarias municipais de Meio Ambiente, Obras, Habitação, Proteção e Defesa Civil, e Trabalho Assistência Social e Cidadania. Foi solicitada ainda pela Comissão a cópia do ofício enviado pela prefeitura à Caixa Econômica Federal, solicitando o terreno do bairro Mosela, doado pelo Governo do Estado ao programa Minha Casa, Minha Vida, e que seria utilizado para a construção de unidades habitacionais. Conforme consta no relatório da comissão, nenhuma das respostas foi enviada.

“A Comissão das Chuvas tem feito o trabalho dela, que é o de fiscalizar e acompanhar todo o processo do trabalho realizado no Vale do Cuiabá. Notamos a dificuldade dos poderes constituídos participarem para que possamos fazer um processo de construção coletiva e observamos ainda que há um esvaziamento pela prefeitura de Petrópolis, pelas instituições e secretarias que quase não comparecem às reuniões, pelo fato de não terem resposta ou porque não há trabalho, ou mesmo porque não querem participar, se integrar e manter o diálogo vivo. Continuaremos com o trabalho este ano e seguiremos cobrando a continuidade e a transparência deste processo”, finalizou Silmar Fortes.

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