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Cidade

Semana pela Memória, Verdade e Justiça será aberta no dia 1º de abril

Pela primeira vez, Petrópolis terá uma semana inteira com programação dedicada a relembrar a época da ditadura militar. A Semana pela Memória, Verdade e Justiça, promovida pela Comissão Municipal da Verdade, em conjunto com a Prefeitura, a sociedade civil e entidades parceiras, será aberta pelo prefeito Rubens Bomtempo no dia 1º de abril, logo depois de dar posse aos membros da comissão. A programação, que irá rememorar o Golpe Militar de 1º de abril de 1964 e as torturas e os assassinatos cometidos no período, especialmente em Petrópolis, na Casa da Morte, se estenderá até o dia 7 de abril, com vigília em frente à Casa da Morte, exposições, exibição de filmes, teatro e música. Haverá, ainda, lançamento do livro “Um homem torturado: nos passos de Frei Tito de Alencar”, com a participação do cientista político e membro do Instituto de Estudos da Religião (ISER), Ivo Lesbaupin.

Criada pelo Decreto Municipal nº 893, de 11 de dezembro de 2015, a Comissão Municipal da Verdade é formada por cinco pessoas – Eduardo Navarro Stotz, Maria Helena Arrochellas, Rafane Valoura Paixão, Roberto Carlos Schiffler Neto e João Fabre dos Reis, que atuarão no sentido de examinar e esclarecer as violações de direitos humanos praticadas pela ditadura militar, contribuindo, assim, para a efetivação do direito à memória e à verdade histórica. A comissão vai procurar esclarecer prisões, mortes, desaparecimentos e contribuir para a desapropriação do imóvel que sediou a Casa da Morte, que funcionou no Caxambu no início dos anos 70.

Integrante da Comissão Municipal da Verdade, Eduardo Stotz, destacou a importância do evento. “É uma oportunidade para a cidade se debruçar sobre o seu próprio passado. As coisas que aconteceram no país também aconteceram aqui. Não foi só a Casa da Morte, foram também centenas de prisões, golpes contra o movimento sindical e também contra vereadores do PSB”, disse.

Os eventos da semana terão início com uma vigília em frente à Casa da Morte no dia 31, antes mesmo da abertura solene da semana. As demais atividades previstas na programação serão realizadas em outros espaços públicos, como a Praça Dom Pedro II; o Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, na Mosela; o Palácio de Cristal; a Praça da Liberdade; o Centro de Cultura Raul de Leoni; a Câmara Municipal; e o Cefet Petrópolis; além da Casa dos Conselhos.

Veja a programação:


31 de março (quinta-feira)

20h – Concentração na Praça Dom Pedro II, com a fixação de faixas e cartazes

22h – Caminhada para o Caxambu até a Casa da Morte para vigília

1º de abril (sexta-feira)

0h – Vigília diante da Casa da Morte

19h – Abertura solene da Semana pela Memória, Verdade e Justiça em Petrópolis e posse da Comissão Municipal da Verdade (Casa dos Conselhos Augusto Ângelo Zanatta, na sede da Prefeitura)


2 de abril (sábado)

16h – “A Cultura Urbana Contra a Ditadura Militar” com a banda Gotam CRU e os Curingas (Praça dos Expedicionários)

20h – Apresentação da peça “O trombone e o fuzil” (Theatro Dom Pedro)

3 de abril (domingo)

11h – Ato Religioso em Memória dos Atingidos pela Ditadura (Palácio de Cristal)


4 de abril (segunda-feira)

Manhã e/ou tarde – Atividades nas escolas

À tarde – Exposição “A tortura no regime militar: denúncia e profetismo de Alceu Amoroso Lima” (Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, na Mosela)

À tarde – Exposição “Petrópolis: Ditadura e Resistência” (Centro de Cultura Raul de Leoni)

19h – Lançamento do livro “Um homem torturado: nos passos de Frei Tito de Alencar”, com a participação de Ivo Lesbaupin, do ISER (Cefet-Petrópolis)


5 de abril (terça-feira)

Manhã e/ou tarde – Atividades nas escolas

À tarde – Exposição “A tortura no regime militar: denúncia e profetismo de Alceu Amoroso Lima” (Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, na Mosela)

À tarde – Exposição “Petrópolis: Ditadura e Resistência” (Centro de Cultura Raul de Leoni)

16h – Revogação do projeto de cassação dos vereadores do PSB de 3 de maio de 1964 (Câmara Municipal)

19h – Exibição do filme “O dia que durou 21 anos”. Em seguida, debate com: Maurício Vicente, da UCP; Ricardo Figueiredo de Castro, da UFRJ; e Eduardo Stotz, presidente da Comissão Municipal Petrópolis. (Museu Imperial)


6 de abril (quarta-feira)

Manhã e/ou tarde – Atividades nas escolas

À tarde – Exposição “A tortura no regime militar: denúncia e profetismo de Alceu Amoroso Lima” (Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, na Mosela)

À tarde – Exposição “Petrópolis: Ditadura e Resistência” (Centro de Cultura Raul de Leoni)

18h – Quarta Cultural no Palácio Itaboraí: depoimentos dos familiares das vítimas da Ditadura. Convidado: Procurador Geral do Município, Marcus Vinícius de São Thiago


7 de abril (quinta-feira)

Manhã e/ou tarde – Atividades nas escolas

À tarde – Exposição “A tortura no regime militar: denúncia e profetismo de Alceu Amoroso Lima” (Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, na Mosela)

À tarde – Exposição “Petrópolis: Ditadura e Resistência” (Centro de Cultura Raul de Leoni)
17h – Encerramento da Semana pela Memória, Verdade e Justiça em Petrópolis: Coral  Nheengarecoporanga (CDDH); reapresentação da peça “O trombone e o fuzil”; grupo musical com músicas que marcaram a Ditadura – História de Samba; e leitura de carta aberta dos promotores da Semana solicitando à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência o processo de desapropriação da Casa da Morte. (Praça da Liberdade).

 

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