por Carolina Torres
Inicialmente é importante ressaltar que todos os alimentos gastam energia para serem digeridos, ou seja, têm a capacidade de aumentar a temperatura corporal e acelerar o metabolismo. No entanto, existem alguns alimentos que se destacam mais que os outros, por induzirem o metabolismo a trabalhar com ritmo mais acelerado, sendo estes classificados como termogênicos. Em outras palavras, as substâncias termogênicas, contidas em maiores quantidades em alguns alimentos, induzem o corpo a um gasto calórico maior por demandarem mais energia para serem digeridas.
Deste modo, tais substâncias, como o próprio nome indica, têm a capacidade de aumentar a temperatura corporal, acelerando o metabolismo e aumentando a queima de gordura. Os alimentos termogênicos podem auxiliar na perda de peso, mas não são milagrosos. É importante aliar seu consumo a um plano alimentar equilibrado e individual, de acordo com as necessidades, hábitos e rotinas, além da prática frequente de exercício físico.
A pimenta vermelha, o chá verde, o gengibre e a canela são exemplos de alguns alimentos considerados termogênicos, e o consumo consciente e regular pode auxiliar quem tem dificuldade de perder aqueles “quilinhos a mais”. Contudo, o consumo excessivo desses alimentos pode causar insônia, dor de cabeça e problemas gastrointestinais. Portanto, em casos de insônia, problemas cardíacos, gastrite, doenças na tireoide, mulheres grávidas e crianças o consumo deve estar de acordo com orientação médica ou de um nutricionista.
Apesar de existirem os termogênicos naturais, muitas pessoas acabam utilizando os sintéticos, de forma a conseguirem resultados mais rápidos. Aparentemente inofensivos, os medicamentos termogênicos estão cada vez mais populares. As “milagrosas” pílulas prometem facilitar a perda de peso e são compradas em qualquer loja de suplementos alimentares, na internet, em farmácias e supermercados sem prescrição. No entanto, elas podem ser prejudiciais à saúde de quem as consome, podendo causar diversos efeitos colaterais, alguns deles mais simples, como alterações do humor, boca seca, tremores e insônia, e outros mais graves, tais como arritmias cardíacas, infarto e AVC. Outro cuidado que se deve ter é sempre tentar identificar todas as substâncias presentes no produto, com as suas respectivas dosagens. Produtos não autorizados pela Anvisa podem ter substâncias escondidas na sua fórmula, principalmente diuréticos, hormônios tireoidianos e antidepressivos.
* Antes de qualquer mudança em sua alimentação, consulte um nutricionista.
Carolina Torres tem 26 anos, é nutricionista, mestranda em psicologia e se dedica ao estudo de transtornos alimentares. Tem experiência em nutrição em psiquiatria, clínica e produção. Atualmente trabalha na academia Körper e em consultório particular. É apaixonada pela natureza e pelos animais.
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