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História

[Você sabia?] Petrópolis já teve pista de esqui

Foto: Arquivo pessoal de defrancomario no site Panoramario

No alto do bairro Floresta, da onde se tem uma bela vista da cidade, em meio ao mato crescido, ainda é possível ver as estruturas enferrujadas do que costumava ser a Imperial Pista de Esqui. Além de uma pista artificial, o espaço contava ainda com um tobogã e um teleférico, e era uma das opções de lazer dos petropolitanos na década de 1980.

Jamil e o príncipe dom Pedro deslaçam a fita e Santini aplaude / Crédito: assessoria de imprensa da época para a Tribuna de Petrópolis de 9/ 11/ 82
Jamil e o príncipe dom Pedro deslaçam a fita e Santini aplaude / Crédito: assessoria de imprensa da época para a Tribuna de Petrópolis de 9/11/ 82

O empresário David Santini se tornou adepto do esqui durante a sua lua de mel na Itália e desde então sentiu vontade de continuar a prática no Brasil. Foi então que, em 1970, instalou a primeira pista artificial em Garibaldi (RS) e seis anos depois, no município de São Roque (SP).

Atraído pela paisagem e pelo clima de Petrópolis, em 1975, foi assinado um contrato entre a Esquitur, empresa da qual era presidente, e a prefeitura, que consistia na criação de um parque esportivo com pista de esqui. “De todas as cidades alpinas que conheço com pista de esqui, Petrópolis é a única no Brasil com as mesmas características, faltando somente a neve, o que foi resolvido com a pista artificial”, contou Santini ao Diário de Petrópolis, em 1982, ano em que foi inaugurada a Imperial Pista de Esqui na cidade.

A inauguração aconteceu no dia 8 de novembro de 1982 quando o prefeito Jamil Sabrá e o príncipe dom Pedro de Orleans e Bragança deslaçaram a fita que fechava a passagem para o local, após a banda marcial do Colégio São José ter tocado o Hino Nacional.

Foto: Diário de Petrópolis de 6/11/82
Foto: Diário de Petrópolis de 6/11/82

Segundo informações dos jornais da época, lá funcionava ainda um teleférico, composto de 40 cadeiras de duas pessoas, que percorria uma extensão de 600 metros a partir do portão de entrada, numa altitude de 900 metros; e um tobogã iniciado a 1.200 metros. Já a pista sintética era uma peça, tipo módulo, que se encaixava a outra por pressão, composta de dois triângulos, tendo ao centro uma base redonda, cercada de pinos, como se fosse o gelo e a neve. “A pista era uma espécie de plástico branco e alguns turistas alugavam o par de esquis para descer, mas a pedida mesmo era subir de cadeirinha e descer no tobogã morro abaixo. Era bem frio lá em cima”, lembrou Sérgio Delgado, que trabalhava na Guarda Municipal como rádio amador, na própria pista de esqui.

Devido à baixa visitação no início dos anos 1990, o local foi desativado e desde então, está abandonado.

Crédito: Arquivo pessoal de Marcos L. Britto
Crédito: Arquivo pessoal de Marcos L. Britto

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