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Agenda cultural

Afro Serra promove roda de samba em comemoração aos 100 anos do primeiro samba gravado no Brasil

No próximo domingo (29), a Praça Frei Aniceto Kroker, na Mosela, será palco de uma roda de samba, a partir das 14h, promovida pelo Afro Serra (Movimento Cultural de Resistência da Cultura Negra em Petrópolis), em homenagem ao centenário do primeiro samba gravado no Brasil, “Pelo Telefone”. O evento será semi acústico, seguindo o formato das mais famosas Rodas do Rio de Janeiro, tais como a Roda de Samba da Pedra do Sal.

pelo telefone 2Considerado o primeiro samba gravado no Brasil, “Pelo Telefone” foi concebido em 1916, no quintal da casa da baiana Tia Ciata, na Praça Onze, que se tornaria uma inesgotável fonte de lendas e controvérsias. Originalmente intitulado como “Roceiro”, a canção era considerada de criação coletiva, e tinha a participação de personalidades que batiam ponto no berço do samba da antiga rua Visconde de Itaúna, tais como João da Baiana, Pixinguinha, Caninha, Hilário Jovino, Sinhô e muitos outros.

Foi então que em dezembro de 1916, Ernesto dos Santos (Donga) resolveu pegar o tradicional “Roceiro”, mudar a letra, em parceria com o cronista carnavalesco Mauro de Almeida, e registrar a propriedade intelectual do samba, através de sua partitura para piano, na Biblioteca Nacional. Em janeiro de 1917, a Casa Edison (hoje EMI-Odeon) levou ao disco uma versão instrumental. O sucesso viria em fevereiro, quando o cantor Bahiano a gravou pelo mesmo selo.

Entretanto, à medida que a música fazia sucesso, outras pessoas começaram a reclamar sua autoria, uma questão controversa até hoje. Pesquisadores descobriram uma nota sobre a execução de “Pelo Telefone” num artigo do Jornal do Brasil de 1917, indicando a coautoria de João da Mata, Germano, Tia Ciata e Hilário. Um deles, Almirante (Henrique Foréis Domingues) defendia a tese de que Donga era, no máximo, coautor do tema, e que Sinhô havia criado o estribilho. Já Donga, por sua vez, respondeu dizendo que Almirante apenas queria acusá-lo de usurpador ao invés de esclarecer a questão. Outros musicólogos preferem salientar a importância de Mauro de Almeida na composição tanto da letra quanto da música, explicando que o resto era inspirado nas históricas rodas de samba.

Independente desta questão polêmica relacionada à autoria, conheça a música na voz de Donga e Chico Buarque:

 

*Com informações do site Brasileirinho

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