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Cidade

Combate à violência contra a mulher: CRAM já realizou mais de 2,7 mil atendimentos em Petrópolis

Desde 2007, o Centro de Referência em Atendimento à Mulher (Cram) garante o apoio jurídico e psicológico às mulheres que sofrem algum tipo de violência. Em nove anos, foram realizadas mais de 2.790 consultas – uma média de 310 por ano, 26 por mês, uma por dia.

Nos cinco primeiros meses de 2016, foram realizados 167 atendimentos – um índice semelhante à média dos anos anteriores. “O Centro de Referência em Atendimento à Mulher é uma das portas de entrada no atendimento a mulheres que sofrem violência. As outras são as Delegacias de Polícia e a rede de atendimento da saúde pública”, informou a coordenadora do Cram, Rosemarie Serafim. “Procuramos oferecer os subsídios necessários para que a mulher tenha autonomia para sair dessa situação por conta própria”, destacou.

A coordenadora do Cram acredita que, com a ampliação do debate sobre este assunto, mais mulheres passam a se conscientizar sobre a necessidade de denunciar casos de agressões físicas ou verbais. “Muitas vezes, as mulheres se sentem constrangidas em fazer a denúncia, por diversas razões. No entanto, temos hoje, em Petrópolis, instrumentos importantes, como o Cram e o Núcleo de Atendimento à Mulher (Nuam), da 105ª Delegacia de Polícia. Isso garante que todas sejam atendidas de forma adequada, com equipes especializadas neste tipo de caso”, afirmou.

Em breve, o Cram irá ganhar um reforço: um ônibus do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal. O veículo, que conta com duas salas para atendimento com assistente social, banheiro e cozinha, fará o atendimento móvel nas comunidades. Além disso, um toldo, que pode abrigar até 24 cadeiras, cria uma sala de espera no local onde o atendimento for realizado. A unidade móvel chegou para Petrópolis por meio de uma emenda parlamentar da deputada federal Jandira Feghali.

Outra medida importante foi a reativação do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulheres (Comdim). Um fórum sobre a violência contra a mulher e as comemorações pela Semana da Mulher, com uma série de eventos, também estão entre as ações desenvolvidas pelo município. “A violência contra as mulheres, principalmente o estupro, são atos repugnantes, desumanos. É um crime hediondo, que nos machuca e nos estarrece enquanto mulheres. Por isso mesmo, vamos continuar lutando pelos nossos direitos”, afirmou a presidente do Comdim, Luciana Périco.

Para a secretária-chefe de Gabinete e vice-presidente do Comdim, Luciane Bomtempo, Petrópolis tem, hoje, uma rede de proteção estruturada. “Os jovens e as mulheres vítimas de violência doméstica, bem como suas famílias, recebem apoio no Cram. Por outro lado, o Comdim vem discutindo a necessidade de uma campanha permanente que incentive a denúncia do estupro e a consequente punição do agressor”, destacou.

As ações se somam, ainda, a uma série de ações desenvolvidas pelo município para o combate à agressão contra as mulheres e à exploração sexual infantil. Um dos exemplos é a campanha “Tenha Atitude”, realizada pela Prefeitura e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA). Todos os meses, ações ocupam um espaço público, com panfletagem e discussões sobre o combate ao abuso e a exploração sexual contra menores de idade.

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